sábado, 10 de março de 2012


 
Crédito imobiliário triplica em cinco anos


O crédito para a compra da casa própria alcançou R$205,8 bilhões em janeiro, de acordo com o Banco Central (BC). Em relação ao total da economia brasileira, a proporção mais do que triplicou em cinco anos, chegando a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Do total de crédito habitacional, a maior parte (R$ 191,3 bilhões) correspondem a créditos direcionados - operações com recursos do governo, como o programa Minha Casa, Minha Vida, ou da parcela que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central e que têm juros mais baixos. Os R$ 14,5 bilhões restantes têm origem em operações com recursos livres.

No mês passado, o volume do crédito habitacional, que inclui recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), apresentou uma alta de 2,7% em relação a dezembro de 2011 e de 44,5% em 12 meses. “Em janeiro de 2007, o crédito habitacional correspondia a 1,5% do PIB. Em janeiro de 2011, esse total era 3,7%”, comparou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Caixa

A Caixa Econômica Federal já contratou, em 2012, mais de R$ 12 bilhões em crédito imobiliário, o que representa um crescimento 30,5% ao contratado no mesmo do período do ano passado, quando emprestou cerca de R$ 8,7 bilhões. No mês passado, a Caixa aplicou na habitação R$ 2,7 bilhões dos recursos da poupança, aumentando de 32,3% para 46,5% a sua participação no mercado imobiliário nesta modalidade. O crescimento é de 54% em relação ao mesmo período de 2011.

A expectativa da Caixa em 2012 é de ultrapassar R$ 90 bilhões de financiamento em crédito imobiliário.

Em 2011, a carteira imobiliária da Caixa apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões, aumento de 41,1% em relação ao registrado no ano anterior. Foram liberados R$ 80,1 bilhões para habitação, valor 5,5% superior ao contratado em 2010. Os financiamentos tiveram crescimento de 15,7% no total de R$ 67,8 bilhões, dos quais R$ 36,4 bilhões foram realizados com recursos da poupança e R$ 31,3 bilhões com linhas que utilizam o FGTS. Além disso, foram destinados R$ 7,5 bilhões para subsídios e R$ 4,9 bilhões em arrendamentos residenciais e repasses.

Janeiro

O volume total de crédito do sistema financeiro, de acordo com o BC, consideradas as operações com recursos livres e direcionados (como o habitacional), alcançou R$ 2 trilhões em janeiro, registrando retração de 0,2% no mês e expansão de 18,4% em doze meses. Com esse resultado, a relação entre o crédito e o PIB foi de 48,8%. No mês anterior, eram 49,1% e, em janeiro de 2011, a proporção era de 45%.

De acordo com o BC, essa redução em janeiro reflete a menor demanda por parte do setor produtivo. Os empréstimos contratados pelas famílias apresentaram moderado crescimento, concentrado em modalidades como crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito, em função dos compromissos financeiros e tributários no início do ano.

As operações de crédito com recursos livres totalizaram R$1.303 bilhões em janeiro, apresentando redução de 0,2 pontos percentuais (p.p.) no mês e elevação de 16,6% em doze meses. O desempenho mensal esteve associado à retração de 1,2% na carteira de pessoas jurídicas, saldo de R$646,3 bilhões, compensada parcialmente pelo aumento de 0,8% nos créditos para pessoas físicas, que somaram R$656,6 bilhões.

A parcela de crédito direcionado correspondeu a R$723,6 bilhões, revelando recuo mensal de 0,1% e elevação de 21,6% em relação a janeiro do ano anterior.

Fonte: Redação Info Imoveis

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