segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Nova modalidade de leilão de imóveis chega ao mercado

Private Leilões é lançada pela Century 21 Brasil, que promete negociar o imóvel no prazo máximo de 15 dias

Martelo e casa
"Uma das principais vantagens para o comprador é que ele pode conhecer o imóvel antes de participar do leilão", afirma Assis, Ceo da Century 21 Brasil
São Paulo - Prometendo efetuar a venda de um imóvel em apenas 15 dias, a Century 21 Brasil lança o Private Leilões, em parceria com a Jukerman. O sistema, explica a empresa, é diferente do tradicional, que leiloa somente imóveis retomados pelo banco ou penhorados pela Justiça.
“Esses leilões serão feitos em ambiente exclusivo para facilitar a identificação. No dia da venda, o imóvel ficará desocupado, e a entrega das chaves e transferência de documentos serão feitas logo que o pagamento for efetuado”, explica Ernani Assis, Presidente e Ceo da Century 21 Brasil.
“Uma das principais vantagens para o comprador é que ele pode conhecer o imóvel antes de participar do leilão, o que evita o risco de se decepcionar, como pode acontecer em um leilão judicial ou bancário”, afirma Assis.
O Ceo da Century 21 Brasil diz que durante um dia inteiro, no mínimo, o vendedor deverá abrir as portas da propriedade aos interessados, para que eles possam checar os detalhes de cada cômodo.
“Outro ponto importante é a garantia da aquisição de um imóvel sem riscos de problemas na documentação. Nós acordamos com a Zukerman Leilões um modelo de Due Diligence Jurídico para inibir que um imóvel arrematado tenha qualquer impedimento na transmissão do bem”, garante o empresário.
Os lances poderão ser dados pela internet ou pessoalmente, na sede da Zukerman Leilões, em São Paulo. O pagamento, em alguns casos, poderá ser financiado como em uma transação imobiliária comum. O cheque com a parcela à vista deve ser entregue até 24 horas após o leilão e a carta de crédito precisa ser obtida previamente.
No dia do leilão, o comprador já deve ter sua capacidade de crédito analisada e aprovada pelo banco, conforme explica Assis, prevendo que nos próximos dois anos o Private Leilões comercialize mais de 1800 imóveis. O início oficial da operação está agendado para a primeira quinzena de novembro (2011).
Fonte - 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Custo para construir fica 0,22% mais caro em outubro

Índice Nacional de Custo da Construção, calculado pela FGV, acumula, em 12 meses, alta de 6,68%

Construção
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,25%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%

São Paulo - O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) registrou, em outubro, taxa de variação de 0,20%, acima do resultado do mês anterior, de 0,14%. No ano, o índice acumula variação de 6,68% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,70%. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,25%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%. No índice referente a Mão de Obra, registrou-se variação de 0,16%. No mês de setembro, a taxa foi de 0,01%.

Materiais, Equipamentos e Serviços
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,23%, mesma taxa apurada no mês anterior. Os quatro subgrupos componentes apresentaram as seguintes taxas de variação: materiais para estrutura (0,21% para 0,28%), materiais para instalação (-0,19% para -0,20%), materiais para acabamento (0,55% para 0,23%) e equipamentos para transporte de pessoas (0,21% para 0,59%).
A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,42%, em setembro, para 0,34%, em outubro. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo serviços técnicos, cuja taxa passou de 0,71% para 0,50%.
Mão de obra
O grupo Mão de Obra registrou variação de 0,16%, em outubro. No mês passado, a taxa havia sido de 0,01%. Em Belo Horizonte, foi registrada variação de 1,35%, por conta de reajustes espontâneos. Vale lembrar que novembro é a data base para as revisões salariais anuais na capital mineira.
Capitais
Quatro capitais tiveram aceleração: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em sentido oposto, Salvador, Recife e São Paulo tiveram desaceleração.
Fonte - 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como contratar a mão de obra para a construção da casa

Quem contratar e para quê
operários da construção civil
Shutterstock
A contratação da mão de obra para a construção é um dos primeiros passos para quem quer tirar a casa dos sonhos do papel. Independente se a sua intenção é contratar uma empreiteira, um gerente ou lidar diretamente com os operários, buscar profissionais com referências e sempre fazer contratos sãos cuidados capazes de evitar muita dor de cabeça no futuro. O ideal é verificar os projetos e obras executadas pelas pessoas ou empresas que você pretende contratar, indo ao local e conversando com os proprietários.

Nem todo arquiteto e engenheiro acompanha o andamento da obra. Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações capital-trabalho do Sinduscon-SP, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, menciona que a exigência para que o arquiteto ou engenheiro acompanhe a obra já deve constar no contrato feito para a elaboração do projeto. Ele também ressalta que, mesmo não participando da execução, perante o CREA, todo profissional que assina o projeto é responsável pelo empreendimento, inclusive caso a construção venha a apresentar problemas. Da mesma forma, o autor do projeto tem o direito de visitar a obra, mesmo quando não contratado para isso.
Existem profissionais especializados em gerenciamento de construção e que normalmente tem sua própria equipe de execução de serviços. Douglas Enoki e Marcela Kishi, da Rocco Vidal +arquitetos, orientam que dispensar a figura do gerente é um risco. "Uma obra envolve muitos profissionais. Quando o cliente escolhe por excluir alguns, inicialmente visualizará vantagens financeiras, mas em longo prazo perceberá que o conhecimento técnico de um engenheiro ou gerenciador faz a diferença para soluções em obra, economias de material, etc", argumentam os arquitetos.
O empreiteiro, ou gerenciador da obra, também fica responsável pela admissão da mão de obra específica para a execução de cada etapa da construção, como pedreiros, colocadores de portas e janelas, pintores, encanadores e eletricistas.
"O profissional de gerenciamento é quem vai dimensionar e contratar a equipe técnica necessária para atender às necessidades do projeto. É importante lembrar que ele deverá estar devidamente registrado no CREA. Vale investigar a estrutura física e a estrutura da equipe deste profissional. Um bom atendimento é composto por uma equipe qualificada não só em obra, mas também na atuação burocrática", explicam Douglas e Marcela.
Na próxima página, veja dicas dos especialistas sobre a contratação de empresas empreiteiras.
Empresas podem ser boa opção:
operários trabalhando
Shutterstock
Outra opção é contar com uma empreiteira para a construção da casa. Essas empresas podem se comprometer tanto com a execução global do projeto, ou seja, entregar a casa pronta para o proprietário morar, ou serem contratadas para cumprir determinadas etapas da obra. Haruo Ishikawa explica que as empreiteiras tem sua própria equipe de mão de obra e mesmo quando o combinado é a construção total da residência, é comum que elas subcontratem outras empresas para fazer serviços especializados, como o telhado, acabamento e encanamento, por exemplo.
O vice-presidente do Sinduscon-SP menciona que as empreiteiras também podem ficar responsáveis pela compra do material de construção. Os arquitetos Douglas Enoki e Marcela Kishi acrescentam que algumas empresas oferecem o serviço de gerenciamento conjuntamente com a execução.
Em casos onde esse conjunto não acontece, deve-se estabelecer entre as partes e formalizar no contrato de prestação de serviço de quem será a atribuição do gerenciamento da obra, assim como a responsabilidade pela aquisição do material de construção. Haruo indica ainda a necessidade de se fazer vários orçamentos e verificar a legalidade da empresa antes da contratação.
Apesar de financeiramente ser a opção menos custosa para o proprietário, contratar profissionais "faz tudo", de maneira avulsa e sem a assessoria de um arquiteto ou engenheiro, é a forma menos segura de viabilizar a construção de sua casa. Alguns serviços mais específicos, como pintura e eletricidade, são passíveis deste tipo de contratação. Marco Antônio Costa Prado, procurador do trabalho do Ministério Público do Rio de Janeiro, ressalta que é preciso optar sempre pelos profissionais formalizados como autônomos.
Na página a seguir, entenda como empresas e profissionais calculam o orçamento dos serviços de construção.
O Preço da Construção
casa em construção
Shutterstock

O valor dos serviços de construção civil pode ser dimensionado de várias formas. Quando os profissionais ou empresas escolhem cobrar por metro quadrado executado, em uma obra que está sendo iniciada do zero, Haruo Ishikawa afirma que é importante definir o que ficará contemplado neste metro quadrado. "O acabamento, revestimento do piso, a pintura das paredes, o telhado, o paisagismo estarão incluídos ou apenas o serviço grosso?", especifica Haruo.
Ele também aconselha que a melhor maneira de remunerar os envolvidos na construção é fazer o pagamento de acordo com cada etapa da obra que for cumprida, ao invés de remunerar a empresa ou profissionais antes do começo da execução. "É interessante combinar o cronograma físico com o cronograma financeiro. O contrato deve contar a descrição por etapa da obra, por tempo de execução e valor a ser a pago após o cumprimento", ensina.
No caso dos empreiteiros, o procurador do trabalho Marco Antônio Costa Prado explica que a responsabilidade pelo pagamento dos funcionários que executam a obra é do profissional gerente. Ele explica que nesta situação o empreiteiro é quem representa a figura do empregador, porque o proprietário da obra contratou um serviço, a construção da casa, e não um meio, as pessoas necessárias para a construção.
"A primeira providência é sempre pagar diretamente o empreiteiro e nunca pagar pessoalmente aos funcionários, pois assim o proprietário não pega para si a responsabilidade pelos diretos trabalhistas da mão de obra", salienta o representante do Ministério Público do Trabalho. "O empreiteiro correto tem essas pessoas com carteira assinada e recolhe os encargos trabalhistas", completa.
Marco Antônio afirma que, caso fique provado que o proprietário tinha conhecimento sobre irregularidades praticadas pelo empreiteiro com seus empregados, ele também podem ser responsabilizado judicialmente pelas perdas dos trabalhadores.
Os arquitetos Douglas Enoki e Marcela Kishi explicam que o pagamento do empreiteiro varia muito por cada profissional. "Pode-se cobrar por hora técnica, porcentagem de taxa de administração sobre os serviços, por metro quadrado construído ou por modelo de empreita global. Cada modalidade deve ser amplamente discutida na hora da contratação para não haver problemas durante a execução da obra. Uma boa referência é consultar associações como a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, Instituto de Arquitetos do Brasil e a Associação Brasileira de Designers de interiores para balizar os honorários cobrados pelos profissionais", orientam.
Fonte -  Samanta Dias - Equipe BBel - uol.com.br

Preço dos imóveis depende da poupança

Equipe econômica terá de decidir como será a remuneração da poupança a partir de 2012; nova fórmula influenciará o custo do crédito imobiliário e os preços dos imóveis

L'Essence é um dos melhores prédios dos Jardins
Imóveis: decisão do governo sobre a poupança deve determinar rumo dos preços
São Paulo – O Ibope divulgou nesta quarta-feira números alarmantes para quem planeja comprar um imóvel. O aumento dos preços não apenas não desacelerou como a maioria dos especialistas esperavam como também foi percebida uma forte elevação no ritmo de reajustes, principalmente no Rio de Janeiro e em Recife. E, para o Ibope, ainda não há nenhum sinal de que a acomodação dos preços está prestes a acontecer.
Para especialistas ouvidos por EXAME.com, não há como determinar quando a alta dos imóveis deve finalmente perder fôlego. Mas um fator que é tido como crucial para o futuro dos preços a partir de 2012 é a quantidade e o custo do crédito imobiliário que estará disponível para os brasileiros nas agências bancárias.
Hoje os bancos são exigentes para liberar um financiamento imobiliário. Para conseguir um financiamento, os brasileiros são obrigados a pagar quase 40% do valor de imóvel de entrada. Se mais de 30% da renda familiar for comprometida com as prestações para a compra financiada do bem, dificilmente o banco vai aprovar o empréstimo.
Em compensação, as instituições financeiras oferecem no crédito imobiliário as melhores taxas de juros disponíveis para as pessoas físicas. Um financiamento dentro desse segmento custa hoje entre 11% e 12% ao ano mais TR mais cerca de 1% entre taxas e seguros. Ainda pode parecer muito quando comparado aos juros de empréstimos imobiliários no Reino Unido, por exemplo, que giram em torno de 6% ao ano, mas é bem pouco em relação aos mais de 40% que são cobrados em média no crédito pessoal para os brasileiros.
Os juros dos financiamentos imobiliários só são mais baixos porque a legislação brasileira criou diversos subsídios ao segmento. Na prática, os bancos quase só usam o dinheiro da caderneta de poupança e do FGTS para oferecer crédito para a compra de imóveis. A poupança remunera os aplicadores em 6,17% ao ano mais TR enquanto o FGTS paga aos quotistas apenas 3% mais TR.
Mesmo considerando um custo operacional de 2% para a captação dos recursos da poupança (uma estimativa do Banco Central) e também os impostos cobrados sobre os ganhos dos bancos, ainda sobraria um “spread” de cerca de 1% a 2% ao ano para remunerar as instituições pelos serviços de intermediação financeira. É importante notar que os bancos só conseguem ter um pequeno ganho porque captam dinheiro com custos inferiores ao da Selic.
Um risco importante para esse tipo de operação é que os recursos da poupança disponíveis para o crédito imobiliário devem terminar em 2012, uma vez que os novos empréstimos crescem bem mais rápido que as captações da caderneta. Também no próximo ano, o governo deve estabelecer uma nova fórmula para a remuneração da poupança. Caso a rentabilidade torne-se mais interessante para o poupador, é provável que as captações se acelerem e haja mais dinheiro disponível para o crédito imobiliário. Já se o governo decidir não ser nada generoso com o investidor, a escassez de recursos da poupança tende a se agravar.
De acordo com reportagem publicada no jornal Valor Econômico na última terça-feira, a principal proposta em análise pela área econômica do governo prevê que a poupança passaria a render 80% da Selic mais TR, com isenção de Imposto de Renda. Se implementada, essa proposta tenderia a aumentar sensivelmente a atratividade da poupança, garantindo recursos para o crédito imobiliário.
O problema é que, segundo especialistas ouvidos por EXAME.com, dessa forma a conta não fecha. Com tal remuneração, a poupança teria uma rentabilidade líquida maior que a dos títulos públicos do governo, criando problemas para o financiamento da dívida pública, e também bateria os fundos DI, o que geraria uma gritaria generalizada de gestores de recursos.
O governo teria duas alternativas para corrigir essas distorções: ser menos generoso ao estabelecer a taxa de retorno líquida da poupança fixando uma remuneração de 0,5% a 0,7% da Selic ou passar a cobrar IR sobre os ganhos com a aplicação. A proposta definitiva do governo só deve ser conhecida no começo de 2012.
Mas o que tudo isso tem a ver com o preço dos imóveis? “A expansão do crédito foi a principal responsável pelo boom imobiliário brasileiro dos últimos anos”, explica Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe e coordenador do índice FipeZAP de preços de imóveis. “De acordo com a forma como o governo resolver essa questão da fonte de recursos para o crédito, os preços dos imóveis devem caminhar para um ou outro lado.”
Alternativas
É importante lembrar que a mudança da remuneração da poupança tem impacto sobre o crédito imobiliário, mas tornou-se necessária por um motivo completamente distinto. O governo quer acabar com os juros fixos da caderneta para preparar o país para um ambiente de juros mais baixos. Como a poupança rende atualmente de 6,5% a 7,5% ao ano, esses percentuais acabam funcionando como um piso informal para a queda da Selic. É esse empecilho que o governo quer remover.

Para tratar especificamente do problema do crédito imobiliário, há uma série de outras propostas na mesa. Para Joe Powell, da consultoria Crédito Imobiliário Fácil, a forma mais fácil de ampliar os recursos disponíveis para o crédito imobiliário é a expansão da securitização. Por meio dessas operações, as carteiras de empréstimos para a compra de imóveis podem ser vendidas pelos bancos a investidores. O dinheiro que volta para o caixa dos bancos pode ser novamente emprestado, aumentando a quantidade de recursos disponíveis.
Ainda incipientes no Brasil, essas operações de securitização são bastante comuns nos Estados Unidos e, inclusive, ajudam a explicar a crise do subprime em 2008. Muitos bancos só liberavam empréstimos para mutuários de baixa renda comprarem casas porque sabiam que esses créditos seriam empacotados por meio de algum instrumento financeiro e depois revendidos a investidores incautos. “Não acredito que isso possa acontecer no Brasil porque os bancos daqui são muito rigorosos nos critérios de aprovação de empréstimos”, diz Powell.
Além da expansão da securitização, há alterações legais que poderiam aumentar o dinheiro disponível para o crédito imobiliário. O governo poderia, por exemplo, reduzir os depósitos compulsórios que os bancos precisam recolher junto ao Banco Central sobre os depósitos em poupança. Os bancos poderiam, dessa forma, emprestar mais de 65% dos recursos captados com a caderneta aos compradores de imóveis – ainda que ao custo de um aumento nos riscos do sistema financeiro.
Outra alternativa passa pela criação dos chamados “covered bonds”, muito comuns na Europa. Tratam-se de títulos emitidos pelos bancos que funcionam como uma espécie de CDB de longo prazo. O investidor que comprar esse papel e o segurar em carteira por vários anos teria garantida uma remuneração superior à da caderneta de poupança e isenção de IR sobre os ganhos. A criação do papel, entretanto, depende de vontade política do governo.
Independente de qual seja a solução escolhida, o custo de captação de dinheiro pelos bancos deve ser determinante para o futuro dos preços dos imóveis no Brasil. “O repasse tende a ser automático. Se os bancos tiverem de gastar mais para captar recursos, vão cobrar juros maiores no crédito imobiliário, e vice-versa”, afirma Powell.
Fonte - João Sandrini, de 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Saiba como funciona o refinanciamento de imóvel com troco




A Caixa Econômica Federal abriu a possibilidade dos clientes com financiamento imobiliário na instituição realizarem um novo empréstimo dando o imóvel como garantia. É uma espécie de "troca com troco", segundo explicou o superintendente de Clientes de Média e Alta Renda, Humberto José Teófilo Magalhães.

Nessa nova modalidade, o cliente que possui saldo remanescente do financiamento imobiliário acessa um crédito em valor maior do que o necesário para quitá-lo. Por exemplo, se necessita de R$ 20 mil para fazer a quitação do imóvel, toma uma empréstimo de R$ 50 mil. A diferença, ou o "troco", pode ser utilizada para qualquer finalidade. O imóvel continua como garantia da operação de crédito.

As condições são as mesmas da linha de refinanciamento de imóveis, chamado de Crédito Aporte Caixa e que no ano passado foi remodelado. Nela, o cliente que possui um imóvel (residencial ou comercial) ou terreno pode tomar um crédito equivalente a até 70% do valor do imóvel por um paz o máximo de 180 meses. A taxa de juros é, em média, 1,5% ao mês mais a variação da TR. "É interessante ao cliente. Quando se olha o mercado bancário, a taxa de crédito pessoal fica entre 4% e 5%ao mês", avalia Magalhães.

A Caixa já liberou R$ 1,3 bilhão nessas operações até setembro, um avanço de 310% sobre o realizado durante todo o ano de 2010. Atualmente, essa carteira de crédito está em R$ 1,55 bilhão e o objetivo é chegar a R$ 1,8 bilhão até dezembro.
O valor médio da operação é de R$ 140 mil.
De acordo com o executivo, o refinanciamento em geral demandado por três perfis de clientes: o que deseja realizar novos investimentos em um negócio próprio; aqueles que vão comprar um segundo imóvel; e os que buscam uma fonte de recursos barata para refinanciar uma dívida.
Perfil semelhante tem os clientes da BM Sua Casa (do grupo Brazilian Finance & Real Estate), que possui o refinanciamento de imóveis desde 2007.

Segundo o diretor Elyseu Mardegan, a taxa de crescimento neste ano é de 150%, em uma carteira de crédito que já passou de R$ 1 bilhão. "No ano devemos liberar R$ 400 milhões nessa modalidade de financiamento", afirma.

Na BM Sua Casa, o refinanciamento pode ser feito pelo prazo de até 30 anos, com taxa de 1,08% ao mês mais a variação do IGP-M. Segundo o executivo, caso haja uma redução maior da Selic, hoje em 11,5% ao ano, será possível reduzir as taxas cobradas do cliente. "Se a Selic cair mais um ponto percentual já vai ter impacto para a redução das nossas taxas."


Fonte: Redação Infoimóvels

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dez cuidados antes de comprar um imóvel na planta


Especialistas ensinam os passos para se prevenir contra os erros mais comuns


Dez cuidados antes de comprar um imóvel na planta
Apenas da valorização certa, a aquisição de imóveis na planta envolve riscos

Adquirir um imóvel na planta é um negócio repleto de vantagens para quem tem condições de esperar pela finalização da obra. As prestações são reajustadas segundo a variação do Índice Nacional de Construção Civil (INCC), mas comprar um imóvel ainda em construção pode significar uma economia de 20% a 30% do valor dos imóveis prontos. Em certos casos, a valorização do imóvel com a entrega das chaves chega a até 50%. Além disso, os apartamentos comprados na planta geralmente têm taxas condominiais menores.
No entanto, os riscos deste tipo de transação muito se assemelham com o de marcar um encontro com alguém que você conheceu pela internet. Não faltam casos de fraudes, atrasos na obra e promessas não cumpridas, além de deficiências sérias no produto final, como rachaduras e até desníveis nos andares. Porém, é possível tomar algumas precauções para fugir deste mau agouro. A seguir, três especialistas de diferentes setores ensinam os principais cuidados que todo comprador deve tomar antes, durante e depois do processo de compra de um imóvel na planta.
1 - Defina seus critérios: Antes de começar a peregrinação pelos estandes das incorporadoras, lembre-se que a compra de um imóvel na planta é uma transação de longo prazo. É um tipo de negócio que sempre requer muita análise prévia sobre suas necessidades e realidade financeira nos próximos anos. "A pessoa deve se perguntar qual é o tamanho da prestação que cabe no bolso e qual é a necessidade da família. Quando isso estiver claro, você está pronto para procurar o imóvel adequado para seu perfil", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP, o sindicato da habitação. De acordo com ele, esse simples "cálculo" é suficiente para manter o comprador longe de fechar contratos por impulso.

2 - Bisbilhote o passado da construtora: "Para escapar de problemas, firme contratos com incorporadoras que tenham uma boa reputação no mercado", diz Octávio Galvão Neto, coordenador da Câmara de Avaliação do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE/SP). Não é possível chegar a conclusões concretas sobre a idoneidade da empresa com apenas algumas conversas com o corretor imobiliário no estande de vendas. Segundo especialistas, a primeira estratégia pra se prevenir de eventuais dores de cabeça com empreendimentos imobiliários é analisar o histórico da construtora. E isso demanda muita sola de sapato. É comum, por exemplo, que alguns prédios apresentem vícios na construção, como fissuras, infiltrações e outras deficiências resultantes de um mau planejamento arquitetônico - ou mesmo do uso de materiais de construção de baixa qualidade. Prever esse tipo de problema, contudo, é praticamente impossível. Por isso, aconselha Galvão, uma visita a outros lançamentos da construtora é indispensável. "Os problemas tendem a se repetir", diz. Assim, a dica é investigar com os moradores sobre possíveis atrasos na obra, problemas de infraestrutura e descumprimento de promessas. Verifique também se a empresa tem pendências na Justiça ou reclamações na Fundação Procon. Para conferir se a administradora pisou na bola com outros clientes, consulte a lista de reclamações no site do Procon.


3 - Atenção aos documentos: Para não cair em golpes, peça sempre uma cópia do memorial de incorporação da obra. Se o corretor disser que a construção ainda não possui, então nem continue a conversa. "É crime levantar um empreendimento sem estes documentos", diz Crestana, do Secovi. A lei 4591, de 1964, determina que, antes de iniciar qualquer negociação imobiliária, as incorporadoras devem registrar no cartório de imóveis um conjunto de quinze documentos. Entre eles estão a prova da propriedade do terreno, o projeto de construção aprovado pela prefeitura, o cálculo exato da área do imóvel e a descrição do acabamento e material utilizado na construção. "No memorial, tudo é descrito de maneira bem minuciosa. É preciso prestar muita atenção nesses itens", afirma Patrcia Ferraz, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP). Isso porque é muito fácil se encantar com a decoração dos apartamentos em exposição ou com as promessas dos corretores. No entanto, apenas o memorial de incorporação oferece uma dimensão concreta do imóvel que está sendo comprado.


4 - Visite a obra pessoalmente: Não visitar o local de construção da obra é um dos piores erros de quem está negociando um imóvel na planta. É comum que os estandes de vendas das construtoras fiquem em locais mais movimentados, como shopping centers. Muita gente opta pelo mais cômodo e confia apenas na descrição do imóvel feita pelos corretores. O conforto, no entanto, pode virar um pesadelo quando as chaves forem entregues. "Recentemente, vistoriei um empreendimento localizado em uma rua com problema de drenagem. Chovia e a água subia quase um metro", conta Galvão Neto. Ou seja, se os futuros condôminos deste novo prédio não tiverem a precaução de conversar com os moradores da região, poderão ter uma surpresa todas as vezes que nuvens negras se formarem no céu. Bancar o detetive para apurar questões como a infraestrutura urbana, os serviços de água e esgoto e até a presença de feiras ou festas na rua é essencial. Um bom passeio pela vizinhança pode garantir também um esboço sobre a média do IPTU e das taxas condominiais da região. Por outro lado, caso você feche o contrato fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor dá o direito de desistir da compra num período de sete dias. Mas sempre vale a pena checar tudo antes de assinar o contrato.


5 - Não subestime a maquete: Por mais bonita que seja, a maquete não é mero objeto de decoração do estande de vendas. É, sim, o principal instrumento para sua tomada de decisão. Por isso, examine a composição de cada item e pergunte se o que está ali corresponde à realidade do futuro empreendimento. Assim, na hora de escolher o apartamento para comprar, guie-se pelas coordenadas da maquete. "Os apartamentos da face sul tem menor insolação, nos da face norte sempre bate mais sol", afirma o presidente do Secovi-SP. Verifique também para onde dá a vista de cada imóvel - esse tipo de questionamento pode influenciar o preço do apartamento e, no futuro, sua valorização.

6 - Tudo pode ser usado no tribunal: A prevenção é sempre uma ótima aliada para quem está adquirindo um imóvel na planta. Os especialistas recomendam que o comprador guarde todos os papeis ou registros escritos que lhe forem entregues por funcionários da administradora. Vale até folhetos promocionais e e-mails trocados com os corretores. "Tente fazer as perguntas sempre por escrito para ter uma garantia", diz Galvao Neto. Todo este material pode servir como prova caso haja algum abuso por parte da empresa. Não é regra, mas por cautela, vale registrar todo este arquivo no cartório de registro de titulos e documentos.

7 - Torne oficial: Ao fechar o compromisso de compra e venda do imóvel, muitas pessoas se esquecem de registrar o documento. No entanto, pelas leis brasileiras, a propriedade só é transferida após o registro da escritura no cartório de registro de imóveis. "Não basta verificar a vida da pessoa que está vendendo. Sem o registro, você não tem os direitos sobre a propriedade", afirma Patrícia Ferraz. Ela exemplifica com um caso em que a proprietária de um imóvel decidiu registrar a escritura em cartório apenas alguns anos após a compra. "Neste período, a pessoa que vendeu o imóvel ficou com débito na previdência e o patrimônio ficou indisponibilizado", diz. Por outro lado, se você registrar o contrato, a incorporadora será obrigada a pedir sua autorização para qualquer mudança no projeto inicial, por exemplo. Para evitar gastos em dobro no cartório, muita gente não recorre a esta conduta. No entanto, no estado de São Paulo, é possível pagar 30% do valor final do registro da escritura no registro do compromisso de compra e venda do imóvel. Os outros 70% podem ser pagos na hora de registrar a escritura.


8 - Consulte o tabelião: Neste processo, outra dica é firmar o contrato sempre com a assessoria jurídica de um tabelião. Boa parte das construtoras de imóveis tem parceria com advogados que fazem este serviço. No entanto, estima-se que a economia seja de 20% a 40% quando se estabelece uma escritura pública em vez de um contrato particular. Por não ter ligação com nenhuma das partes do acordo, a assessoria do tabelião para compor o contrato será mais imparcial e, por isso, menos arriscada para os compradores. Não são raros os casos de irregularidades neste tipo de contrato - que podem passar "despercebidas", dependendo da parceria do assessor jurídico com a incorporadora. Além disso, caso a construtora se torne inadimplente e não termine a obra, compradores que recorreram à escritura pública tornam-se automaticamente proprietários de parte do terreno onde o imóvel seria construído. Fato que garante maior segurança para a transação.
9 - Fique de olho na política de juros: Um abuso comum neste tipo de transação são os chamados juros no pé. Até a entrega das chaves, o comprador tem a garantia de que não precisará pagar juros. No entanto, assim que o imóvel fica pronto, a incorporadora passa a cobrar juros sobre todo o período financiado. Uma portaria de 2001 emitida pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça considera a prática irregular. No entanto, o assunto não é consensual entre os juristas. Há histórico de ações judiciais que deram ganho de causa para as construtoras que cobraram os juros. Para evitar problemas, recomenda-se criar uma cláusula no contrato que determine a rescisão ou devolução do dinheiro em casos como esse.

10 - Seja beneficiário do seguro: Fique atento aos contratos firmados com as companhias de seguro. Este tipo de acordo serve de garantia tanto para os casos de inadimplência do comprador quanto para irregularidades da administradora. Por isso, fique atento às clausulas que determinam quem é o beneficiário do contrato. Se for a incorporadora, em caso de atraso da obra, ela terá o direito de receber a indenização e ao comprador restará o prejuízo.


Fonte - Talita Abrantes, de 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mescla de vermelho e rosa é a tendência de cor para 2012


O próximo ano será radiante, segundo o Colour Futures, estudo de cores da multinacional holandesa Akzo Nobel. Eleita cor do ano, a Chá Dançante está um passo atrás do vermelho e se mistura com o laranja e o rosa, de acordo com a Tintas Coral.

Divulgação
Chá dançante é a aposta para o próximo ano
Chá Dançante é a aposta de cor para o próximo ano da Tintas Coral
"É uma cor marcante, mas nem por isso restritiva. Para quem gosta de ousar, pode ser uma tonalidade muito versátil", analisa a arquiteta Mariana Cecchini.

O tema por trás da decisão foi "possibilidades"; a inspiração e o otimismo diante das novas oportunidades, segundo o estudo.

"O tom coral é vibrante e consegue traduzir corretamente esses estímulos", acredita a arquiteta Luciana Tomás.

As cores que compõem a paleta de 2012 combinam tons encorpados com neutros elegantes. Os tons pastel se apresentam mais suaves, em contraposição às vigorosas nuances apontadas na paleta de 2011.

Fonte - Folha.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como preparar sua casa para venda


8 dicas de especialistas para tornar seu imóvel irresistível para os potenciais compradores

Cozinha clean
Um ambiente organizado e limpo se torna mais atraente para os potenciais compradores




São Paulo – Depois de passar pelo processo do desapego, se despedir de cada cômodo e se animar com a mudança para a nova casa é chegada a hora de pôr o seu próprio imóvel em exibição para venda. EXAME.com ouviu especialistas em compra e venda de imóveis sobre como tornar o seu “produto” valorizado e atraente para os compradores. Veja abaixo os seus principais conselhos.

1. Concentre-se nos pequenos reparos
Fazer uma recauchutagem no imóvel pode ser imprescindível, especialmente se ele foi habitado por muito tempo. Mas o tamanho da reforma deve ser equilibrado. Concentre-se nos reparos menores e que, naturalmente, custam menos, como a troca de cerâmicas e azulejos quebrados, a substituição de maçanetas e tomadas com defeito, e o conserto de vazamentos e rachaduras.
Livre-se também de sinais de umidade, mofo, entupimentos, ou mesmo de danos ocultos por móveis que serão retirados na mudança, como aquela rachadura atrás do armário. Apresentar um imóvel sem fazer esses reparos pode afugentar os potenciais compradores simplesmente pela má impressão. Se desconhecidos, podem motivar queixas fundamentadas após a venda.
“O imóvel tem que estar habitável, sem necessidade de reforma”, afirma Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos em Finanças (IBEF) e autor do livro “Imóveis: seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”.
2. Refaça a pintura
Se a pintura estiver danificada ou se houver cômodos em cores chamativas, pinte novamente o imóvel com cores neutras. De novo, vale a regra da boa impressão, fora que não é todo mundo que gosta de cores berrantes ou cômodos cheios de personalidade. “É o tipo de reparo que compensa, pois é relativamente simples e barato de fazer”, diz Calado.
3. Esqueça as grandes reformas e benfeitorias
As obras para fazer as grandes reformas ou instalar benfeitorias podem ser muito caras e não gerar retorno para o vendedor. É claro que ter uma cozinha planejada ou um armário embutido valoriza o seu imóvel, mas só se essas benfeitorias já estiverem lá. Implementá-las só para subir o preço do seu imóvel na venda em geral não compensa.
O mesmo vale para as grandes reformas, como trocar uma fiação antiga, o piso ou todos os azulejos do banheiro. “Tem que estudar caso a caso e fazer a conta. Se valorizar o imóvel e compensar o investimento na reforma, pode fazer. Mas pode ser que o gosto do comprador seja outro. Então, se não compensar, melhor não fazer”, diz Roseli Hernandes, diretora da imobiliária Lello.Luiz Calado ressalva ainda que essa estratégia é uma faca de dois gumes. De nada adianta fazer uma reforma ou benfeitoria que jogue o preço do seu imóvel em uma faixa acima dos demais imóveis de sua metragem. “As pessoas tendem a preferir tamanho a melhorias. Não adianta passar o preço do seu imóvel de 90m2 de 500.000 reais para 800.000 reais, se nesta faixa mais alta os imóveis são bem mais amplos”, alerta.

4. Evite reformas estruturais se elas não forem essenciais para bons negócios
Em relação às reformas estruturais, como aquelas feitas na parte elétrica ou hidráulica, a questão é mais delicada ainda. Essas estruturas costumam ser mais problemáticas em imóveis mais antigos. Mas antes de gastar uma enorme quantidade de tempo e dinheiro nesses reparos, é bom verificar se a falta deles acarretaria perda de bons negócios.
Luiz Calado orienta os vendedores a colocarem a casa para visitação antes de efetuar os reparos estruturais, tentando sentir a aceitação do público. É bom ter em mente que, em tempos de imóveis caros, como agora, os compradores buscam justamente imóveis depreciados, para pedir um bom desconto no preço e reformá-los posteriormente. “É bom inclusive perguntar aos potenciais compradores do que eles gostaram e do que não gostaram. Isso pode orientar eventuais reformas”, diz o especialista.
5. Limpeza e organização são fundamentais
Feitos os reparos necessários, volte-se para a apresentação do imóvel. Agora que o seu lar tornou-se um produto na prateleira, é hora de partir para as estratégias de marketing. Como a maioria dos candidatos a compradores busca uma casa para morar, torne seu imóvel acolhedor, para que os visitantes consigam se imaginar morando ali.
Primeiro passo nesse quesito é deixar a casa um brinco. Quando as visitas chegarem, precisam encontrá-la absolutamente limpa, sem mofo, teias de aranha, limo nos banheiros ou pilhas de louça para lavar na pia. Até mau cheiro, como aquele odor típico de animais de estimação que ficam dentro de casa, pode espantar os candidatos.


Organização também é importante. Arrume os armários que ficarão no imóvel, pois é possível que os visitantes queiram abri-los (e ninguém quer que eles sejam soterrados por bugigangas). 
Nada de objetos espalhados ou cama desarrumada. Aproveite a preparação da casa para jogar fora ou doar aquilo que não tem mais serventia.No caso de ser uma casa, o exterior também deve estar bem cuidado. Muros pichados podem passar sensação de insegurança na vizinhança, mesmo que isso não seja verdade; e jardins, quintais e piscinas bem cuidados lembram aos visitantes de que o imóvel não está abandonado.


6. Apague sua personalidade
Para que os potenciais compradores de fato se imaginem morando na sua casa, é aconselhável também se livrar de todos os objetos pessoais, que se relacionem à sua personalidade, como fotos de família, ícones religiosos, lembranças de viagem e objetos de decoração. Um ateu pode não gostar de uma casa cheia de imagens de santos; um palmeirense dificilmente vai simpatizar com um quarto decorado com a bandeira do Corinthians. “A decisão de compra normalmente é emocional”, lembra Luiz Calado.
7. Livre-se de parte da mobília
Para quem tem muitos móveis pode ser melhor pôr alguns deles num depósito, para tornar o visual do imóvel mais “clean”. “Fica mais gostoso de olhar. O imóvel cheio de coisas parece menor, sufocado, principalmente se a mobília for antiga”, diz Roseli Hernandes, da Lello. Deixe apenas os móveis bem conservados. Essa também é uma boa maneira de “impessoalizar” o imóvel e fazê-lo parecer mais amplo.
8. Saiba o que dizer e quando dizer
Não adianta ficar enchendo os compradores potenciais de explicações sobre as vantagens do imóvel. Informe-os – ou oriente o corretor a informar – apenas aquilo que se encaixa no perfil do visitante. Se for uma família, forneça dados sobre as facilidades que o prédio tem para as crianças; se for alguém buscando silêncio e tranquilidade, informe se a vizinhança é barulhenta ou não.
Mais jamais omita as desvantagens que possam afetar o novo morador de alguma forma, como o fato de o imóvel estar localizado em uma rua de feira ou em um prédio com restrições a animais de estimação, por exemplo.
Fonte - Julia Wiltgen, de