Planos de comprar um imóvel
em 2012? Saiba como chegar lá
Planeje-se para não deixar que essa importante resolução de ano novo
caia no esquecimento.
Final de ano é época
de fazer a famosa lista de resoluções para o ano que chega. Se um dos planos
para 2012 é comprar um imóvel, planeje-se para não deixar que essa importante
meta seja efetivamente cumprida.
Em
primeiro lugar, é importante saber que comprar um
imóvel, seja na planta, pronto ou usado, requer do interessado muita
pesquisa, visitas a inúmeros estandes de vendas, comparação e diálogo com
parentes e amigos. “O pior negócio é adquirir uma unidade habitacional por
impulso. Antes de tudo é preciso fazer as contas e ver se as prestações dofinanciamento cabem no bolso”, enfatiza João Crestana, presidente
do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi/SP).
Contudo,
diz Crestana, não basta somente ter condições de pagar. O comprador deve também
avaliar se o imóvel de interesse atende as suas necessidades de moradia, e se
há no entorno do empreendimento escolas, hospitais, transporte público, dentre
outros requisitos. Ainda, “não se pode esquecer que em edifícios há o rateio de
custos entre os moradores e, no momento de receber as chaves, existem despesas
cartoriais e com a prefeitura”, alerta.
“Visitar
o local escolhido, durante o dia e à noite, também faz parte do processo que
antecede a assinatura do contrato. Não tenha pressa, porque, na média, o
brasileiro compra dois imóveis durante a vida. Esse motivo já é suficiente para
o consumidor ser cauteloso”, orienta o dirigente do Secovi/SP. A seguir, 10
dicas que irão ajudar a fazer uma boa compra:
1- Decida-se pela região onde quer
morar e, principalmente, quanto pretende e pode gastar com
a compra do imóvel. Lembre-se: a aquisição da moradia é um dos passos mais
importantes na sua vida e precisa ser dado com segurança, com muito debate
junto ao cônjuge e filhos. Leve em conta as necessidades futuras da família.
2- Escolha o tipo de imóvel que
pretende adquirir: usado, novo ou na planta. Pense
na metragem do imóvel, se quer casa ou apartamento (andar baixo ou alto, de
frente, de fundo ou tanto faz), número de vagas de garagem, com ou sem varanda,
ampla ou nenhuma área de lazer (piscina, salão de festas, jogos). Se escolher condomínio,
pense até quanto pretende ou pode pagar de taxa de rateio de despesas.
3- Faça as contas. A
hora é boa também para pensar na melhor forma de financiamento. Junto ao banco
ou parcelado com a construtora, durante o período de obras? Pretende usar
recursos do FGTS? Se o imóvel for novo ou usado, há sempre a opção de obter
financiamento bancário (os sites de vários bancos oferecem simuladores das
parcelas do financiamento). Caso disponha de uma boa reserva financeira – ou
algum bem que possa ser vendido, como carro, é possível utilizá-la na entrada
da compra do imóvel.
4- Visite a região de interesse. Escolhida
a região que deseja morar, visite o local e verifique quais empreendimentos
existem ali. Analise a infraestrutura disponível, bem como os serviços
oferecidos, como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas
de ônibus e metrô próximos, parques e outras áreas de lazer.
Visite
o local durante o dia e, principalmente, à noite. Não tenha pressa. Vá aos
estandes de vendas, visite decorados, converse com corretores e pense muito,
pois a decisão tem de ser responsável e exclusivamente da sua família.
Depois
de percorrer a região escolhida, não tenha medo de expandir horizontes e
procurar imóveis em bairros próximos. A internet também é uma ótima opção para
quem busca imóveis. Visite sites especializados na venda de imóveis, de
imobiliárias, construtoras e incorporadoras.
5- Se optar pela compra de um imóvel
usado, seja firme com o corretor quanto às
suas definições do tipo de imóvel. Dê preferência ao profissional que conhece o
imóvel. Peça informações a ele antes de marcar a visita. Se estiver fora das
suas especificações, não vá. Evite também ficar nas mãos de muitos
profissionais.
6- Ao escolher comprar um imóvel na
planta, pesquise a história e a atuação da
empresa construtora/incorporadora e, se possível, visite uma obra já entregue
por ela. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor, antes de assinar
o contrato de Compra e Venda. Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Condomínios e
Incorporações) e submeta o contrato a um advogado conhecido. Apesar de os
contratos apresentarem basicamente as mesmas cláusulas, não é demais a análise
de um especialista em mercado imobiliário. Acompanhe o estágio das obras por
meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o
serviço em seus sites.
7- Proposta: na
hora de apresentar uma proposta, ponha-se no lugar do vendedor. Evite propostas
absurdas, como descontos elevados, por exemplo. Se ele aceitar, deve haver algo
errado. Certifique-se do que está e do que não está incluído no valor e
converse abertamente, evitando constrangimentos futuros. Questione sobre aquilo
que não entender e exija respostas claras e precisas. Muita atenção com os
documentos do imóvel e do proprietário, que devem preferencialmente ser
analisados por um advogado de sua confiança.
8- Pagamento da comissão: na
compra do imóvel usado, quem paga a comissão do corretor é o vendedor, mas caso
você dê um imóvel como parte de pagamento, o pagamento da comissão proporcional
ao valor deste imóvel caberá a você. Nesse momento é importante não se envolver
emocionalmente com o dono do imóvel que vai comprar. Deixe que o corretor
negocie. Se o imóvel for novo ou na planta, usualmente o valor da comissão é
cobrado separadamente do preço.
9- Programe-se financeiramente. Os
valores das prestações pagas durante o período da construção do empreendimento
podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor. Atenção:
até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC) ou pelo Custo Unitário Básico (CUB).
Após a entrega das chaves, você terá a opção de quitar a dívida; usar os
recursos do FGTS para amortizar parte do valor – caso seja a aquisição do
primeiro imóvel; e financiar o restante com o banco. Há taxas atrativas e
prazos longos disponíveis no mercado. O fundamental, no entanto, é que a
parcela – fixa ou reajustável, caiba no seu bolso.
10- Taxas e despesas extras: após
a liberação do financiamento, a assinatura da escritura do imóvel e a entrega
das chaves, o comprador tem de pagar o Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI) à Prefeitura, assim como as taxas de registro cartorárias.
Somadas, tais despesas correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra do
imóvel, portanto, faça uma reserva financeira para esses gastos.
Nunca
deixe de registrar sua escritura no Registro de Imóveis, mesmo que não tenha
contratado financiamento. Mais: quando receber o imóvel, leia as instruções de
uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade.
Os prazos legais são diferentes para os vários componentes.
Fonte:ImovelWeb
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