quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Por trás de uma fachada.

Por Juliana Duarte Fotos Alessandro Guimarães





Fazer a metragem render. Esse foi o ponto de partida para a reforma desta casa localizada na capital paulista, em uma charmosa vila da década de 1950. Os convocados para a tarefa foram os profissionais do escritório Terra e Tuma Arquitetos Associdados, que planejaram soluções estratégicas. O projeto original de 88 m² passou por uma reformulação completa com direito a quebra de paredes, revestimentos novos e um acréscimo de 25 m² na área total. Hoje, a edificação possui 113 m² e espaços mais dinâmicos.


A porta de correr em vidro facilita a abertura e possui um perfil mais fino, ocupando menos espaço
Ladrilhos hidráulicos revestem o piso do estar. O material, feito artesanalmente, é fácil de manter, basta impermeabilizálo. O valor médio do m² desse artigo varia entre R$ 130 e R$ 180. Outro destaque do ambiente é a escada de madeira, que foi mantida do projeto original


PATCHWORK DE AZULEJOS
É possível comprar peças semelhantes em “museus” ou em lojas especializadas, que trabalham com lotes que já saíram de linha. Nesses casos, a unidade custa a partir de R$ 3

A casa de vila é mais um projeto que traduz os conceitos do escritório: é confortável, carrega a personalidade dos moradores e apresenta alternativas para quem deseja economizar na obra, sem deixar o bom gosto de lado. Garantir qualidade de vida também é uma das prioridades, como se pode notar nos ambientes desse lar. Há espaço para o pequeno filho do casal brincar e até mesmo um jardim no terraço ao lado da cozinha. “O morador tem de gostar de verdade da casa, sentir-se bem”, afirmam Danilo Terra e Pedro Tuma.
Quintal gostoso
A bancada externa também foi desenvolvida com cimento queimado e possui nichos na parte inferior que acomodam ferramentas usadas no jardim, projetado pela paisagista Gabriella Ornaghi, da Arquitetura da Paisagem. Para preservar a área, foi usada tela feita com gravetos, pregados a duas ripas de madeira, fixadas à parede com parafusos. Outra opção seria usar telas de bambu (cerca de R$ 38 em lojas especializadas em paisagismo).



NOTE O DETALHE 
Divisória de gravetos e jardineira suspensa criam um ambiente gracioso


Nasce um andar 
A escada que leva ao nível superior foi desenvolvida com estrutura metálica, pois a área disponível era reduzida. “Não havia espaço para construir um modelo de alvenaria”, contam. O corredor ao lado conduz ao único banheiro do pavimento. No lugar de uma porta, há uma cortina para delimitar os espaços. A alternativa é simples de fazer e barata – o varão foi substituído por um cabo de aço.

Em frente ao box está a bancada de cimento queimado com duas cubas para maior conforto dos moradores


AO TRABALHO
No escritório, a janela convencional foi substituída por um modelo balcão de alumínio. Para liberar espaço, quase não há móveis no ambiente. A rede protetora ficará no local até que as crianças cresçam


Quarto transado 
O mezanino acomoda o quarto do casal, nos 25 m² acrescentados. A cobertura do cômodo foi desenvolvida com telhas metálicas do tipo sanduíche. Outra solução especial é o guarda-roupas, que foge do convencional com seus módulos feitos em compensado de madeira e metal. “Dessa forma, o espaço fica muito mais leve e é possível avistar todas as roupas”, ressaltam.

Um forro de madeira foi instalado na inclinação original do telhado para não descaracterizar a fachada frontal de vila


A coluna de tubulação feita de metal faz a exaustão do banheiro. A peça ficou aparente e atravessa o quarto, decorando











Integração completa 
O térreo passou por reformulações intensas. A maioria das divisórias veio abaixo, com o objetivo de integrar as áreas. “Elas compartimentavam excessivamente os espaços. Com as mudanças, tudo ficou mais livre”, comentam os arquitetos. A sala ocupou a parte da frente da morada, enquanto cozinha, banheiro e área de serviço foram posicionados ao fundo. O mobiliário foi desenhado pelos arquitetos e executado com compensado de madeira e fórmica na cozinha e teca na sala.

BANCADA DE CIMENTO
A bancada da cozinha foi desenvolvida com cimento queimado. O preço do m² é em torno de R$ 45, enquanto o granito (material mais usado nesse caso) pode ter valor mais elevado


Para poupar e facilitar a manutenção, os arquitetos optaram por instalar pastilhas de vidro apenas na área da pia


Nos fundos estão os 25 m² acrescentados à área total da casa, com a inserção de um pavimento (são três no total). Esquadrias de metal vão do piso ao teto e receberam quadros metálicos pivotantes, que permitem a entrada de luz

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