segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Estudo prevê conforto térmico no imóvel

Análises de vento, sombra e temperatura, aliadas à boa escolha de materiais, resultam em economia e clima agradável

Divulgação / Estudos de eficiência energética da Arqbox: projeto deve incluir análise da construção
Estudos de eficiência energética da Arqbox: projeto deve incluir análise da construção
Conforto térmico nos imóveis é assunto relevante em uma cidade como Curitiba, que tem grandes variações no clima. Obter temperaturas agradáveis no ambiente de trabalho ou na moradia é um objetivo que pode ser alcançado com soluções inteligentes e pouco dispendiosas. Uma delas é a análise de eficiência energética, fundamental para construir residências que são mais frescas durante o verão e que ficam aquecidas no inverno.
Para obter esse resultado, é preciso pensar no conforto térmico ainda na fase de projeto arquitetônico. Diversas medidas podem reduzir o consumo de energia e tornar a habitação mais sustentável.
Materiais
O arquiteto Jacksson Depoli afirma que o projeto já deve prever o uso de materiais isolantes – os principais devem estar no invólucro do imóvel, ou seja, nas faces que têm contato com o exterior, como paredes externas, esquadrias, vidros, telhados, lajes e forros.
Além disso, a principal ferramenta para obter conforto térmico é o chamado Estudo de Eficiência Energética. Jacksson Depoli, diretor do escritório Arqbox, explica que o estudo é produzido a partir das análises, feitas na fase de projeto, para garantir que a edificação tenha o melhor desempenho e aproveitamento das condições do local.
“Fazemos análises de temperatura, vento e sombra, para saber qual a melhor forma e local para uma edificação, sem comprometer os níveis de conforto, estética e produtividade”, enumera o arquiteto.
Economia
O estudo reflete no bolso do consumidor. Após a obra, a edificação gera economia em gastos com energia, na utilização de luz e aquecimento pelos moradores e usuários, por exemplo.
O Estudo de Eficiência Energética ainda não é muito conhecido, tampouco exigido pelos consumidores. Depoli observa que, em Curitiba, a maioria das construções não leva em conta o clima instável. “Cerca de 90% das edificações não são construídas prevendo a variação térmica. Ainda se recorre a sistemas paliativos de condicionamento de ar”, comenta.
Custo
Estimativas da Arqbox mostram que, incluindo o estudo de eficiência energética no projeto, o orçamento da obra aumenta em, no máximo, 10%.“Podemos fazer escolhas inteligentes, diante dos inúmeros materiais e sistemas construtivos que temos no mercado, com boas alternativas de materiais e revestimentos”.

Depoli lembra que o valor investido retorna com a economia de energia. “Há quem gaste até 30% a mais que o previsto para comprar um carro com mais conforto. Nos imóveis também temos que pensar assim, projetando casas que permanecem com temperaturas entre 20 e 24 graus e conforto acústico”.

Fonte: Gazeta do Povo 

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