quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Indústria da construção desaquece e fecha 2013 com menos empregados

O índice de evolução do nível de atividade efetivo da indústria de construção em relação ao usual fechou 2013 em 44,7 pontos numa escala de zero a cem, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O número representa queda em relação ao valor de 2012 (47,4). Resultados abaixo de 50 apontam retração da atividade na comparação com o mês ou o ano anterior.
Realizada em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a pesquisa ouviu 463 empresas (144 de pequeno porte, 203 médias e 116 grandes) entre 6 e 16 de janeiro de 2014.
De acordo com os dados, a indústria de construção teve o pior desempenho desde 2010, quando a média do nível de atividade efetivo, em relação ao usual, foi de 54,4.
A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) das empresas –variável que mede o percentual utilizado no mês do volume de recursos, mão de obra e maquinário– apresentou média inferior a 2012: 69% contra 70%.
No comparativo mensal, o UCO geral apresentou a segunda queda consecutiva, passando de 71% em outubro para 69% em dezembro. O movimento, no entanto, não foi comum aos três portes de empresas: as médias caíram, mas as grandes apresentaram estabilidade e as pequenas chegaram a crescer.
Sobre a evolução do número de empregados, o resultado de dezembro foi de 45,2 pontos, o que indica queda no emprego no setor em relação a novembro.
CRÉDITO
Para o economista da CNI Danilo Garcia, um dos fatores que explicam o desempenho do setor em 2013 é o "acirramento das dificuldades de acesso ao crédito, principalmente a partir do meio do ano passado".
Obter crédito no último trimestre de 2013 foi considerado difícil pelos empresários. O indicador médio de acesso ao crédito do ano foi de 43,2 pontos, menor que os 47,6 pontos de 2012 e os 50,4 de 2010.
Entre os principais problemas enfrentados pela indústria de construção no período, os empresários citaram a elevada carga tributária, a falta de trabalhador qualificado e o alto custo da mão de obra, respectivamente.
EXPECTATIVA
Mesmo assim, a situação financeira do setor foi considerada satisfatória e os empresários parecem otimistas em relação a 2014.
Para os próximos seis meses, os quatro indicadores de expectativa –nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias-primas e número de empregados– estão acima dos 50 pontos. Os números são, porém, menores que os observados em janeiro do ano passado.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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