quarta-feira, 12 de junho de 2013

Concreto na fachada de clínica com arquitetura brutalista é suavizado pela madeira e vidros

Estética de linhas sinuosas combinada a área de traços retos conduzem projeto na Capital sem abrir mão da funcionalidade e do conforto


Concreto na fachada de clínica com arquitetura brutalista é suavizado pela madeira e vidros Nattan Carvalho/Divulgação
Na fachada frontal, o volume de concreto de 6,40m de comprimento e 6,20m de altura tem a marca de um óculo de vidro temperado (acima)Foto: Nattan Carvalho / Divulgação
A meta era fugir de um consultório impessoal e frio. Para isso, os arquitetos Ingrid Stemmer, Paulo Henrique Rodrigues e Roberto Stemmer contaram com os 25 anos de experiência do escritório Stemmer Rodrigues Arquitetura para desenvolver uma inovadora e planejada clínica odontológica como primeira sede conjunta de um jovem casal de dentistas.
– As características urbanas da região geraram a diretriz deste projeto que teve, desde o início, a proposta de representar um marco arquitetônico que articulasse a esquina, até então mal configurada por edificações desordenadas e descuidadas – define Paulo
Foto: Nattan Carvalho/Divulgação

Na sala de espera, observe o pano de vidro temperado ao fundo, de onde é possível comtemplar o jardim. Acima, bloco de concreto resguarda a fachada da movimentada via
Foto: Nattan Carvalho/Divulgação

No vão central, em frente à recepção, foi instalada a escada de aço corten e corrimão em aço inox
Foto: Nattan Carvalho/Divulgação

– A preocupação é que fosse um espaço moderno, como eles, tecnológico, como a odontologia, e que não fosse suntuoso – define Paulo, um dos autores
Foto: Nattan Carvalho/Divulgação

Destacam-se os panos de vidro na fachada Norte e uma zenital no teto com vidro reflexivo, que aproveitam a iluminação natural
Foto: Nattan Carvalho/Divulgação

De largada, o local escolhido foi um estimulante desafio: um terreno de quase 650 metros quadrados de área em uma esquina da movimentada e tradicional Avenida Protásio Alves, no bairro Petrópolis, na Capital.
– As características urbanas da região geraram a diretriz deste projeto que teve, desde o início, a proposta de representar um marco arquitetônico que articulasse a esquina, até então mal configurada por edificações desordenadas e descuidadas – define Paulo.
O pedido dos donos era por uma construção atual com base nos preceitos da sustentabilidade, sem abrir mão da segurança e da praticidade. Para isso, a equipe projetou um prédio de 420 metros quadrados de área com dois andares e pé-direito duplo. No vão central, em frente à recepção, foi instalada a escada de aço corten e corrimão em aço inox.
Destacam-se os panos de vidro na fachada Norte e uma zenital no teto com vidro reflexivo, que aproveitam a iluminação natural.
– A preocupação é que fosse um espaço moderno, como eles, tecnológico, como a odontologia, e que não fosse suntuoso – diz.
Bloco maciço de concreto
Mas é na fachada frontal, no ponto onde a avenida sofre uma inflexão, que a casa tem o seu ápice. Item essencial da concepção do trabalho – executado ao longo de 18 meses –, o grande volume curvilíneo em concreto aparente se tornou um dos referenciais mais impactantes da edificação. O elemento, de 6,40m de comprimento e 6,20m de altura, tem a marca de um óculo de vidro temperado.
– O concreto ficou com a aparência das réguas de madeira utilizadas como molde, o que permitiu este visual rústico e, ao mesmo tempo, diferenciado. Para equilibrar e humanizar a frente sinuosa, lançamos mão do vidro e da madeira em uma volumetria atual e inserida no contexto, mas que, ao mesmo tempo, se destacasse por si só – conclui.
Atrás disso, uma grande caixa retangular expandida lateralmente com frente de brises de madeira – onde estão três salas – completa a fachada modernista da clínica odontológica.
Fonte: Zero Hora 

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