sexta-feira, 28 de junho de 2013

Construção civil perde fôlego e reduz oferta de novos imóveis

Construção civil em São José. Foto: Arquivo/O VALE
Construção civil em São José. Foto: Arquivo/O VALE

Empresários do setor avaliam que revisão da lei de zoneamento não contempla empreendimentos para a classe média
Chico Pereira
São José dos Campos

O mercado da construção civil de São José dos Campos atravessa fase de desaquecimento e as novas regras do zoneamento que devem entrar em vigor a partir de hoje pouco vão contribuir para mudar o panorama do segmento, pelo menos para os empreendimentos destinados à classe média.
Essa é a avaliação de empresários do setor, que defendem a tese de que São José precisa de uma nova Lei de Zoneamento que atenda a cidade nos próximos 20 anos.
De acordo com o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Paulo Cunha, por causa do desaquecimento do setor, o estoque de oferta de imóveis novos atende a demanda até 2014.
“Depois, haverá falta de imóveis novos, porque poucos empreendimentos foram aprovados pela nova Lei de Zoneamento”, disse.
O empresário relatou que a carteira de oferta das construtoras são de empreendimentos que foram aprovados com base na Lei de Zoneamento anterior à que está em vigor e que devem terminar no primeiro semestre do próximo ano.
A última pesquisa da Aconvap sobre o mercado imobiliário de São José dos Campos, de outubro do ano passado, mostra que o estoque disponível para venda era de 4.200 imóveis.
Cunha afirmou que o estoque hoje é menor, mas está equilibrado por causa do momento do mercado.
A Aconvap deve divulgar em agosto nova pesquisa com análise sobre o comportamento do mercado no primeiro semestre deste ano.
Para o empresário, a Lei de Adequação do zoneamento atende o segmento de imóveis populares, que vai ficar aquecido. “São José precisa de uma nova legislação que atende o crescimento da cidade”.
Opinião similar tem o empresário José Antonio Marcondes César, que também defende a aprovação de uma nova Lei de Zoneamento.
“Enquanto a atual lei não for mudada e não haver mudança de gabarito, o mercado da construção civil na cidade não vai se recuperar”, afirmou.
Atualmente, a norma restringe a construção de prédios com mais de 15 andares em grande parte da cidade.
“As adequações ajudam a agilizar a aprovação de empreendimentos, mas não resolve todo o problema”, afirmou.
Na avaliação do secretário municipal de Planejamento Urbano, Emmanuel dos Santos, as novas regras devem surtir efeitos no segundo semestre.
Já com relação à revisão geral da Lei de Zoneamento, o secretário frisou que “vai demorar, mas os estudos começam este ano”.

Fonte: O Vale 

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