Os apartamentos de dois dormitórios são os preferidos da população brasileira e têm compradores com perfil mais jovem
O mundo dos imóveis parecer que está encontrando um ponto de equilíbrio. A valorização já
não acontece de maneira tão acelerada, mas a demanda ainda é imensa e tem espaço para crescer. Estima-se que o déficit habitacional no país ainda seja de 8,3 milhões de moradias. O volume de crédito, que correspondia a 1,5% do PIB em 2007, atingiu 5,5% em 2012, número que está bem abaixo dos 65% nos Estados Unidos, por exemplo, antes do estouro da bolha imobiliária por lá. Ainda assim, com essa aparente desaceleração do setor imobiliário no Brasil, a busca pela casa própria seguirá aquecida. Em 2011, o numero estimado de domicílios particulares permanentes foi de 61,3 milhões -- 4,7% a mais que em 2009. Desse total, 45,8 milhões, ou 74,8%, eram domicílios próprios. “Em busca da primeira moradia, a população quer, principalmente, unidades com 2 dormitórios, que contam com velocidade de venda mais rápida”, diz Mirella Parpinelli, diretora de atendimento da Lopes.
Há cinco ou dez anos, a população pensava em um imóvel apenas como moradia, sem levar em conta outras facilidades que os empreendimentos poderiam oferecer. Hoje, o comprador de imóvel está mais novo, com uma renda maior e, também, mais exigente. Ele busca projetos modernos, inteligentes e diferenciados. Pensando em comodidade, o imóvel deve oferecer uma gama de serviços. Nota-se em prédios mais antigos que a disponibilidade de serviços era bem menor. Os moradores dispunham apenas de salão de festas e piscina, por exemplo. Hoje, os projetos oferecem espaço gourmet, SPA, academia e lavanderia coletiva. São esses diferenciais que o novo público procura. Outro grande fator decisivo é a localização: o imóvel deve ser perto do trabalho ou a região deve oferecer infraestrutura completa de transporte, facilitando, assim, a locomoção na cidade. A população dá preferência a condomínios de prédios, por diversos motivos, entre eles a segurança. Além disso, outro grande atrativo dos condomínios é a comodidade. Muitos moradores não precisam sair em busca de opções de lazer ou serviços, pois seu imóvel oferece uma ampla opção de facilidades.
O perfil da classe média, que vem mudando nos últimos anos, também é responsável por influenciar o mercado imobiliário brasileiro. Antes, os principais compradores eram de uma camada da população mais velha e conservadora, que procurava imóveis maiores. “A ideia básica era: ‘quanto maior meu imóvel, melhor demonstra meu poder aquisitivo’”, diz Mirella. Hoje, a classe média assumiu outro perfil. Ela é composta por um público mais jovem, descolado e preocupados com os serviços e comodidades oferecidos por um imóvel. De acordo com o instituto Data Popular, o total de famílias da classe média é de 31,4 milhões, que representam 54% dos domicílios brasileiros. Dentro desse quadro, 75% têm imóvel próprio, 18% pagam aluguel e 7% vivem em moradia cedida. Os dados tiveram como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As famílias, segundo o IBGE, também estão menores, o que influencia a variedade dos imóveis, além da falta de espaço para novos empreendimentos em grandes cidades. O número de domicílios unipessoais aumentou de 7 para 7,8 milhões entre 2009 e 2011. A média de moradores por domicílio caiu de 3,3 em 2009 para 3,2 em 2011. São vários os fatores que justificam as cidades “compactas”. Primeiramente, as famílias reduziram o número de filhos. Antes, era comum encontrar família com 3, 4 ou 5 filhos. Agora esse número é reduzido. E esse novo tamanho da família brasileira não precisa de empreendimentos com áreas úteis tão grandes. “Antes, a maior procura era por unidades com 3 ou mais dormitórios com, pelo menos, 100m², mas hoje essa área passou a ser de 80m² ou menos”, explica Mirella.
Outros fatores como o valor do metro quadrado e o alto custo do terreno e construção também fizeram com que os empreendimentos ficassem menores. “Ainda que haja ano após ano recorde nas vendas, o consumidor espera para comprar um imóvel que seja adequado para ele, porque não é um negócio em que se toma riscos”, diz Odair Senra, vice-presidente de Imobiliário do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon) e presidente do conselho de administração da construtora Gafisa. “O mercado imobiliário nacional é fragmentado, por isso há espaço para lançamentos variados.” A população encontra o que procura no mercado, mas a medida que se transforma, o próprio mercado se adapta para atender essa nova busca.
Dados para infografia
-- 67% dos apartamentos lançados têm até 69 m²
-- Apartamentos com 2 e 3 dormitórios são os mais lançados entre empreendimentos residenciais, representando 56% e 27% respectivamente das unidades de 2011
-- 11% são de 1 dormitório
-- 5% tem 4 dormitórios ou mais
Fonte: Red Imob
O mundo dos imóveis parecer que está encontrando um ponto de equilíbrio. A valorização já
não acontece de maneira tão acelerada, mas a demanda ainda é imensa e tem espaço para crescer. Estima-se que o déficit habitacional no país ainda seja de 8,3 milhões de moradias. O volume de crédito, que correspondia a 1,5% do PIB em 2007, atingiu 5,5% em 2012, número que está bem abaixo dos 65% nos Estados Unidos, por exemplo, antes do estouro da bolha imobiliária por lá. Ainda assim, com essa aparente desaceleração do setor imobiliário no Brasil, a busca pela casa própria seguirá aquecida. Em 2011, o numero estimado de domicílios particulares permanentes foi de 61,3 milhões -- 4,7% a mais que em 2009. Desse total, 45,8 milhões, ou 74,8%, eram domicílios próprios. “Em busca da primeira moradia, a população quer, principalmente, unidades com 2 dormitórios, que contam com velocidade de venda mais rápida”, diz Mirella Parpinelli, diretora de atendimento da Lopes.
Há cinco ou dez anos, a população pensava em um imóvel apenas como moradia, sem levar em conta outras facilidades que os empreendimentos poderiam oferecer. Hoje, o comprador de imóvel está mais novo, com uma renda maior e, também, mais exigente. Ele busca projetos modernos, inteligentes e diferenciados. Pensando em comodidade, o imóvel deve oferecer uma gama de serviços. Nota-se em prédios mais antigos que a disponibilidade de serviços era bem menor. Os moradores dispunham apenas de salão de festas e piscina, por exemplo. Hoje, os projetos oferecem espaço gourmet, SPA, academia e lavanderia coletiva. São esses diferenciais que o novo público procura. Outro grande fator decisivo é a localização: o imóvel deve ser perto do trabalho ou a região deve oferecer infraestrutura completa de transporte, facilitando, assim, a locomoção na cidade. A população dá preferência a condomínios de prédios, por diversos motivos, entre eles a segurança. Além disso, outro grande atrativo dos condomínios é a comodidade. Muitos moradores não precisam sair em busca de opções de lazer ou serviços, pois seu imóvel oferece uma ampla opção de facilidades.
O perfil da classe média, que vem mudando nos últimos anos, também é responsável por influenciar o mercado imobiliário brasileiro. Antes, os principais compradores eram de uma camada da população mais velha e conservadora, que procurava imóveis maiores. “A ideia básica era: ‘quanto maior meu imóvel, melhor demonstra meu poder aquisitivo’”, diz Mirella. Hoje, a classe média assumiu outro perfil. Ela é composta por um público mais jovem, descolado e preocupados com os serviços e comodidades oferecidos por um imóvel. De acordo com o instituto Data Popular, o total de famílias da classe média é de 31,4 milhões, que representam 54% dos domicílios brasileiros. Dentro desse quadro, 75% têm imóvel próprio, 18% pagam aluguel e 7% vivem em moradia cedida. Os dados tiveram como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As famílias, segundo o IBGE, também estão menores, o que influencia a variedade dos imóveis, além da falta de espaço para novos empreendimentos em grandes cidades. O número de domicílios unipessoais aumentou de 7 para 7,8 milhões entre 2009 e 2011. A média de moradores por domicílio caiu de 3,3 em 2009 para 3,2 em 2011. São vários os fatores que justificam as cidades “compactas”. Primeiramente, as famílias reduziram o número de filhos. Antes, era comum encontrar família com 3, 4 ou 5 filhos. Agora esse número é reduzido. E esse novo tamanho da família brasileira não precisa de empreendimentos com áreas úteis tão grandes. “Antes, a maior procura era por unidades com 3 ou mais dormitórios com, pelo menos, 100m², mas hoje essa área passou a ser de 80m² ou menos”, explica Mirella.
Outros fatores como o valor do metro quadrado e o alto custo do terreno e construção também fizeram com que os empreendimentos ficassem menores. “Ainda que haja ano após ano recorde nas vendas, o consumidor espera para comprar um imóvel que seja adequado para ele, porque não é um negócio em que se toma riscos”, diz Odair Senra, vice-presidente de Imobiliário do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon) e presidente do conselho de administração da construtora Gafisa. “O mercado imobiliário nacional é fragmentado, por isso há espaço para lançamentos variados.” A população encontra o que procura no mercado, mas a medida que se transforma, o próprio mercado se adapta para atender essa nova busca.
Dados para infografia
-- 67% dos apartamentos lançados têm até 69 m²
-- Apartamentos com 2 e 3 dormitórios são os mais lançados entre empreendimentos residenciais, representando 56% e 27% respectivamente das unidades de 2011
-- 11% são de 1 dormitório
-- 5% tem 4 dormitórios ou mais
Fonte: Red Imob
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