sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Imóveis: juro baixo anima setor

Construtores querem que outros bancos sigam a Caixa e reduzam taxa para a classe média.

A redução das taxas de juros para financiamentos de imóveis acima de R$ 500 mil, anunciada na terça-feira pela Caixa Econômica Federal, deve motivar medidas semelhantes em outros bancos, acreditam especialistas. O setor imobiliário vê com bons olhos a redução, que pode amenizar os altos preços cobrados na cidade do Rio.
Presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), José Conde Caldas diz que a medida da Caixa pode servir de exemplo para outros bancos. “A classe média já estava prejudicada com os preços dos imóveis e ainda tinha altas taxas bancárias. Com certeza a redução dos juros será importante para o mercado”, avalia.
Conforme o relatório deste mês do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio), o valor médio de um quarto no Rio varia de R$ 95 mil, em Irajá, a R$ 1,1 milhão, em Ipanema. Para imóveis com dois quartos, o valor vai de R$ 80 mil, em Bangu, a R$ 2,1 milhões em Ipanema. Já com três quartos custam de R$150 mil, em Madureira, a R$ 4,3 milhões no Leblon.
Vice-presidente do Secovi, Leonardo Schneider diz que a medida adotada pela Caixa pode facilitar a compra de imóveis, principalmente por parte da classe média: “A procura por imóveis deve aumentar, o que será muito positivo para o mercado imobiliário”.
Conde Caldas também se mostra otimista. “Qualquer imóvel na Tijuca, São Cristóvão, custa acima de R$ 500 mil. Houve grande aceleração nos preços e, com essa medida, se torna mais confortável para a classe média adquirir a casa própria”, afirma.
Apesar da alta nos preços, eles consideram que a tendência é estabilizar. “Com o aumento da demanda, pode ser que os preços subam um pouco, mas não muito, pois já estão no limite”, afirma Schneider. Para Conde Caldas, o maior interesse das construtoras neste momento é vender e não especular. “O aumento dos preços deve ficar em 10% ao ano”, observa.

Fonte: Redimob

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