quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Lançamentos residenciais em SP têm redução de 23% até novembro


O número de lançamentos residenciais na cidade de São Paulo cresceu 107,5% em novembro em relação a outubro, segundo o Secovi-SP (sindicato de habitação), com base em dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).
Em novembro, foram lançadas 4.894 unidades contra 2.359 no mês de outubro, o maior resultado desde dezembro de 2011. Segundo nota do sindicato, esse crescimento era esperado, porque historicamente as incorporadoras aproveitam o final de ano para lançar seus empreendimentos e também por esse período ser o de maior concentração de vendas.
Apesar da alta em novembro, no acumulado do ano foram lançadas 23.735 unidades, o que significa redução de 23,2% em relação ao acumulado do mesmo período de 2011.
Em relação à comercialização de imóveis residenciais novos, foram vendidas 2.852 unidades, o segundo maior resultado do ano, abaixo de setembro, com 3.674 unidades residenciais vendidas.
Considerando todo o ano de 2012 até novembro, a variação negativa é de 1,9%, com um total de 24.028 unidades comercializadas.
Em termos de VGV (Valor Global de Vendas), atualizado pelo INCC, houve uma redução de 3,1%. Segundo o sindicato, os números acumulados revelam um equilíbrio entre os lançamentos e as vendas, demonstrando que a oferta está aderente à demanda.

ARRUMAÇÃO

De acordo com o Secovi-SP, no ano de 2012, a queda nos lançamentos resultou de ajustes necessários diante de um "cenário econômico mundial instável e de futuro incerto", além da dificuldade no licenciamento de novos projetos e escassez de terrenos.
"Esse movimento foi o que chamamos de 'freio de arrumação', ou seja, uma parada técnica para redimensionar a capacidade de operação, na medida em que o mercado não enfrenta problemas de demanda, oferta ou crédito", diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.
O sindicato aponta também que o estoque de outorga onerosa, instrumento que permite às incorporadoras adquirir o direito de construir até o limite previsto em lei, está esgotado em muitos distritos do município de São Paulo. Para 2013, prevê crescimento nas vendas e nos lançamentos.
"Felizmente, as perspectivas para 2013 são melhores, pois esperamos um crescimento sustentável nas vendas em até 5%, e nos lançamentos de 10%", estima Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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