segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Casa de verão em marcante concreto no litoral de Santa Catarina preserva o verde nativo


Projeto paisagístico, arquitetônico e de interiores atuaram em parceria para dar vida a uma morada completamente integrada à paisagem


Uma elevada duna no ponto eleito neste terreno para erguer a casa determinou o projeto arquitetônico para a área de pouco mais de mil metros quadrados, localizada em um condomínio residencial da Barrinha, litoral sul de Santa Catarina. O refúgio de veraneio, criado pelo arquiteto Rudelger Leitzke, de Pelotas, ocupa 321,7 
metros quadrados de área, construído sobre pilotis de 1m a 1,5m de altura – dessa forma, o recurso permite que
a areia se movimente por baixo da casa, assim como as correntes de ar e de calor.

Dede Fedrizzi / Divulgação
Na fachada de linhas retas e estilo atual, surgem no telhado embutido, de telhas em alumínio trapezoidal, cinco vasos de barro com o fundo retirado utilizados inusitadamente como chaminés, numa releitura das casas com chaminés inglesas
"Ao fazer arquitetura, estão presente vários fatores condicionantes, tanto os convenientes quanto os inconvenientes. Era uma paisagem interessante, com vegetação nativa e uma zona de preservação que merecia ser mantida e respeitada. Assim, resolvemos puxar o conceito em função dela", explica Rudelger.

Dede Fedrizzi / Divulgação
A autora do projeto paisagístico, arquiteta Susana Nedel, da Arquitetura de Jardim, confirma a intenção preservacionista, ao afirmar que o objetivo era o de compor uma paisagem o mais natural possível.
Dede Fedrizzi / Divulgação

"Não é um jardim convencional, pois não há canteiro. Escolhemos árvores nativas e rústicas que se adaptam bem ao litoral e que contemplam os usos conforme a necessidade dos proprietários como, por exemplo, a privacidade", cita Susana.
Dede Fedrizzi / Divulgação
Chama a atenção o detalhamento dado por Rudelger, que revela externamente como a morada resultou setorizada e ao mesmo tempo integrada. O arquiteto determinou que o concreto fosse tratado de duas maneiras distintas na fachada: liso na área que reveste a zona social e "relhado", com ranhuras aparentes e com aparência de placas, no que se refere aos espaços do hall e do setor de serviço. Revestem a área íntima tijolos contrafiados que, com visual mais quente, em função da cor, abraçam as suítes pelo lado de fora.
As quatro suítes têm portas de correr para o alpendre, onde estão as redes e a vizinha ducha externa. No teto, o mesmo treliçado em madeira das aberturas foi aplicado no concreto para efeito espelhado como um detalhe arquitetônico. No deque frontal, os esbeltos pilaretes podem receber lonas tensionadas de amarrar, acima ou lateralmente, para mais privacidade ou simplesmente para conter o vento, quando for o caso.
Dentro e foraFormatada com quatro materiais – concreto, tijolo, vidro e madeira, a morada tem planta baixa em formato de L, que contribui para a divisão das zonas social e íntima.
Distante uma quadra do mar, a construção tem entradas independentes diretamente pelas suítes. O acesso principal é seguido de um hall que une os dois eixos. A partir desta entrada é possível observar os diferentes níveis utilizados na casa baseada em pilotis de alturas variadas.
Fonte: Pense Imóveis 

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