Apesar do
desaquecimento do mercado imobiliário, o Secovi-SP aponta sinais de melhora,
entre os quais a velocidade de vendas de outubro acima da média de 2012, de
60,5%
Imóvel
em construção: as vendas acumuladas de imóveis na capital entre janeiro e
outubro chegaram a 21.176, número 3,3% abaixo do registrado no mesmo período de
2011
São Paulo - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de
São Paulo totalizaram 1.972 unidades em outubro, queda de 46,3% ante setembro e
de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
As vendas acumuladas entre
janeiro e outubro chegaram a 21.176, número 3,3% abaixo do registrado no mesmo
período de 2011. A pesquisa foi divulgada na manhã desta segunda-feira pelo
Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Os lançamentos, por sua vez,
apresentaram queda mais acentuada na comparação com 2011. Em outubro, foram
lançados 2.359 unidades, recuo de 38% ante setembro e menos 26,9% em relação ao
mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros dez meses de 2012, foram
lançados 26.551 imóveis, 29,0% menos que no mesmo período de 2011.
A velocidade das vendas (total de
unidades vendidas dentre o total disponível) nos últimos 12 meses até outubro
foi de 60,9%, indicando que a comercialização de imóveis neste ano está mais
lenta que na mesma época de 2011, quando atingiu 62,6%.
Apesar do desaquecimento do
mercado imobiliário, o Secovi-SP aponta sinais de melhora, entre os quais a
velocidade de vendas de outubro acima da média de 2012, de 60,5%. Além disso,
outubro foi o segundo mês com maior volume de lançamentos, perdendo apenas para
setembro, que atingiu 3.805 unidades.
O Secovi-SP explica que a
redução das atividades econômicas ao redor do mundo contribuiu para a timidez
na desenvoltura da economia brasileira e, consequentemente, do mercado
imobiliário neste ano. Além disso, outros fatores devem ser levados em conta na
análise dos resultados, segundo avaliação do presidente do sindicato, Cláudio
Bernardes.
"Os custos financeiros
resultantes da demora na aprovação (de novos projetos) e as contrapartidas
exigidas pelos licenciadores vêm contribuindo para reduzir a produção de novos
empreendimentos, encarecer o custo do terreno e elevar o preço dos
imóveis", afirmou, em nota.
Em relação ao pacote de
incentivos para o setor de construção civil anunciados na semana passada pelo
governo federal, o Secovi-SP considerou positivas para o setor a redução da
alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) de 6% para 4%, o aumento no
limite do "RET social" para aplicação da alíquota de 1% de valor
máximo do imóvel de R$ 85 mil para R$ 100 mil, e o capital de giro da Caixa Econômica
Federal para micro, pequenas e médias empresas da construção civil.
"Essas medidas poderão
contribuir para a retomada do crescimento sustentável do setor",
acrescentou em nota Celso Petrucci, economista-chefe do sindicato. Já sobre a
desoneração sobre a folha de pagamentos, o Secovi-SP disse que ainda requer
melhor conhecimento da regulamentação.
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