quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Concreto que utiliza material reciclável pode ser viável


O Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP em São Carlos idealizou um tipo de concreto que substitui os materiais tradicionais que o compõem por componentes reaproveitados. A areia de fundição (utilizada em moldes nos processos de fundição de peças metálicas) substitui 70% da areia normalmente utilizada, e a escória de aciaria (resíduo que sobra da produção do aço) substitui 100% da pedra. O produto pode ser usado em guias, mobiliário urbano e na execução de contrapisos e calçadas. Além disso, como esses resíduos não podem sofrer descarte comum, pois são nocivos ao meio ambiente, só podem ser dispostos em aterros industriais específicos, a um custo de cerca de R$ 200,00 a tonelada, essa nova finalidade evita o descarte dos materiais e, consequentemente, esse custo que as indústrias teriam. O novo concreto foi utilizado inicialmente para a fabricação de peças para pavimentação. O material já tem um número provisório de patente. O registro é concedido pelo órgão governamental Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A partir de agora, eles vão verificar em todo o mundo se já existe algum outro produto com essas mesmas características. Se for verificado que não, o concreto receberá a patente definitiva. A previsão é de que ela saia em dois ou três meses. A ideia do grupo é levar o concreto para a sociedade, torná-lo um produto comercial, indo além da concepção acadêmica. O que diferencia esse concreto dos demais presentes no mercado é seu viés ecológico. Ele se utiliza de materiais reciclados, que teriam de ser descartados de maneira específica, porque podem ser nocivos ao meio ambiente. Com isso, esses produtos substituem as matérias-primas que seriam necessárias para a concepção do concreto, ou seja, há menos exploração de materiais naturais.


Fonte: Info Imóveis 

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