O Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP em São
Carlos idealizou um tipo de concreto que substitui os materiais tradicionais
que o compõem por componentes reaproveitados. A areia de fundição (utilizada em
moldes nos processos de fundição de peças metálicas) substitui 70% da areia
normalmente utilizada, e a escória de aciaria (resíduo que sobra da produção do
aço) substitui 100% da pedra. O produto pode ser usado em guias, mobiliário
urbano e na execução de contrapisos e calçadas. Além disso, como esses resíduos
não podem sofrer descarte comum, pois são nocivos ao meio ambiente, só podem
ser dispostos em aterros industriais específicos, a um custo de cerca de R$
200,00 a tonelada, essa nova finalidade evita o descarte dos materiais e,
consequentemente, esse custo que as indústrias teriam. O novo concreto foi
utilizado inicialmente para a fabricação de peças para pavimentação. O material
já tem um número provisório de patente. O registro é concedido pelo órgão
governamental Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A partir de
agora, eles vão verificar em todo o mundo se já existe algum outro produto com
essas mesmas características. Se for verificado que não, o concreto receberá a
patente definitiva. A previsão é de que ela saia em dois ou três meses. A ideia
do grupo é levar o concreto para a sociedade, torná-lo um produto comercial,
indo além da concepção acadêmica. O que diferencia esse concreto dos demais
presentes no mercado é seu viés ecológico. Ele se utiliza de materiais
reciclados, que teriam de ser descartados de maneira específica, porque podem
ser nocivos ao meio ambiente. Com isso, esses produtos substituem as
matérias-primas que seriam necessárias para a concepção do concreto, ou seja,
há menos exploração de materiais naturais.
Fonte: Info Imóveis
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