terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lançamentos e vendas de imóveis novos recuam em São Paulo


Balanço do Secovi-SP mostra que preços dos lançamentos residenciais em 2012 tiveram alta modesta em relação a 2011. Para entidade, mercado vê sinais de equilíbrio


Vista aérea dos prédios em São Paulo
Apartamentos de dois quartos continuam a ser os mais vendidos, mas praticamente não houve aumento nas vendas

São Paulo - Foi divulgado nesta manhã o balanço do Mercado imobiliário de São Paulo 2012, do Secovi-SP. O estudo mostrou que caíram o número de lançamentos de imóveisresidenciais novos, o número de unidades novas vendidas e o volume de vendas. A alta dos preços dos lançamentos também foi bem mais modesta em relação à alta do ano anterior. Para o Secovi, trata-se de um momento de equilíbrio no mercado imobiliário paulistano, sem grandes sobras de imóveis em estoques e também sem grandes variações de preços.

Segundo a pesquisa, a variação média de preços nominais dos imóveis residenciais lançados na cidade de São Paulo foi de 10% em 2012, ante 27% em 2011. A variação verificada no ano passado ficou um pouco acima do indicador de preços IGP-M, que teve uma alta de 7,82%, o que significa que o aumento real de preços (acima da inflação) ficou próximo de 3,2%.
O preço médio do metro quadrado de imóveis novos em São Paulo ficou em 7,2 mil reais em 2012, o que representa um aumento de cerca de 600 reais em relação a 2011, quando o preço médio era de 6,6 mil reais. O valor também é significativamente maior do que em 2002, quando metro quadrado custava em média 2,5 mil reais.
As vendas de imóveis novos recuaram 4,8% em 2012, na comparação com 2011. No ano passado foram vendidas 26.958 unidades, enquanto no ano anterior foram comercializadas 28.316 unidades. Os lançamentos tiveram retração de 27% de 2011 para 2012, com o número de unidades lançadas passando de 38.149 para 27.835 no ano passado. O número de sobras, contudo, também foi significativamente menor.
O volume de vendas também caiu. Segundo o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-DI) da FGV. o valor movimentado em vendas passou de 14,2 para 13,6 bilhões de reais de 2011 para 2012. Já o indicador de Vendas Sobre Ofertas (VSO), do período de 12 meses encerrados em dezembro, foi o mesmo em 2012 e 2011 e ficou em 56,7%.
"No ano passado nós falamos que seria um ano de ajuste e foi isso que aconteceu. E na nossa opinião foi um ajuste muito bem feito. Aproximadamente, nós lançamos 27 mil unidades e vendemos 27 mil unidades. Esse é o modelo ideal, porque com a oferta e a demanda equilibradas há uma estabilização dos preços", afirma Carlos Bernardes, presidente do Secovi-SP.
Imóveis de dois quartos continuam populares
Os imóveis de dois dormitórios tiveram destaque. Foram vendidas 13.371 unidades, o correspondente a 49,6% do total de imóveis comercializados em 2012. O crescimento nas vendas, porém, foi de apenas 0,5% em relação a 2011, quando foram vendidas 13.298 unidades de dois quartos.
Os imóveis de três dormitórios tiveram uma participação de 26,9%, com 7.263 unidades vendidas no ano passado.
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), composta pela capital e outros 38 municípios, apresentou resultados próximos ao da cidade de São Paulo. Caíram o volume de vendas e o de lançamentos. Foram vendidas em 2012 50.903 unidades, contra 52.839 unidades em 2011. E o número de lançamentos teve uma queda de 19,7%, passando de 67.359 unidades lançadas em 2011 para 54.059 em 2012.
Na RMSP os imóveis de dois dormitórios também se destacaram e corresponderam a 53,9% do total de imóveis comercializados, com 27.437 unidades de dois quartos vendidas.
A participação da capital entre as vendas da região caiu, passando de 53,6% em 2011 para 53% em 2012.
Imóveis comerciais
Foram lançados 6.223 conjuntos comerciais em 2012 na cidade de São Paulo, volume 14,3% menor do que em 2011 quando foram lançados 7.259 conjuntos.
Os escritórios com até 45 metros quadrados tiveram a maior participação entre os lançamentos, com 5.082 unidades, ou o equivalente a 81,7% do total.
A zona sul concentrou a maior parte dos lançamentos, com 39,5% do total, ou 2.459 unidades, seguida pela zona oeste, com 27%, ou 1.678 imóveis novos.
Fonte: Site Exame.com

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