A alíquota do IOF será zero no momento em que o investidor estrangeiro realizar a operação de câmbio para aplicar no fundo, e vale a partir desta quinta-feira.
Segundo o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, o decreto presidencial buscou acabar com uma dúvida no mercado de como estas operações deveriam ser tributadas. No caso, a renda variável possui alíquota zero e a renda fixa, de 6%.
"O texto [anterior sobre o assunto] era dúbio. O decreto publicado hoje esclarece que os recursos ingressados no país para investimentos em fundos de investimento imobiliário transacionados em Bolsa terão o mesmo tratamento das ações, com alíquota zero de IOF na entrada", explicou Oliveira.
Se as cotas do fundo forem transacionadas fora da Bolsa, o investidor estrangeiro paga o IOF de 6%.
O secretário-executivo destacou que o governo já havia reduzido a alíquota de IOF para renda variável de outros ativos transacionados na Bolsa de Valores, o que gerava certa "polêmica" e "confusão".
Os FIIs são opções de investimento de longo prazo destinados a ganhos com locações, arrendamentos e alienação de empreendimentos imobiliários.
Embora os fundos sejam compostos por ativos de renda fixa, no caso, imobiliários, suas cotas são transacionadas em Bolsa e têm um comportamento volátil ao longo do tempo, conforme explicou o secretário-executivo.
CÂMBIO
A medida tem o potencial de atrair fluxo de dólar para o país e valorizar o real. A Fazenda, no entanto, considera que o volume de dólares que podem ser atraídos pelo fim do imposto é "irrisório" diante do tamanho do mercado de câmbio no Brasil.
"Não esperamos que isso tenha impacto significativo [no câmbio]", disse o secretário-executivo. Ele também negou que a intenção da Fazenda com essa medida seja atrair capital externo e, consequentemente, valorizar o real.
Segundo Oliveira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou bastante claro que a política cambial não mudou. Ele destacou ainda que a medida está em linha com a política do governo de estimular o investimento de longo prazo no país.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário