segunda-feira, 25 de março de 2013

Cresce procura por imóveis mobiliados em SP; veja prós e contras


A facilidade de se mudar apenas com as malas para uma nova casa não tem preço. Ou tem: em geral, os imóveis mobiliados em São Paulo custam até 20% mais em relação aos vazios, e a oferta também é menor. Dá trabalho achar uma opção em condições e em sintonia com o estilo desejado.
Os imóveis mobiliados representam de 5% a 30% do mercado de locação na cidade e, em geral, são oriundos de proprietários que se mudaram, foram para o exterior, acumulam imóveis, ou de inventários de famílias que optam pelo aluguel da unidade.

A mobilidade é um fator que projeta este tipo de locação --que se torna vantajosa quando o inquilino não tem condições de mobiliar a casa de uma única vez ou está de passagem pela região, caso de estudantes e executivos.
O aumento no fluxo de estrangeiros no país também contribui para esse mercado e representa, hoje, uma fatia importante. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, 73.022 estrangeiros receberam autorização para atuar no país em 2012, cerca de 3.000 a mais que em 2011.
Zé Carlos Barreta/Folhapress
O executivo japonês Keitaro Nagao aprovou o 'toque brasileiro' na decoração
O executivo japonês Keitaro Nagao aprovou o 'toque brasileiro' na decoração
Sílvia Makansi, gerente do setor de aluguel da Anglo Americana, imobiliária especializada em atender representações diplomáticas e executivos expatriados, diz que, em dois anos, a busca por mobiliados cresceu entre 25% e 30%. Segundo ela, cerca de 30% dos clientes buscam esse tipo de configuração.
Makansi atribui a expansão ao fato de que, antes, os pacotes por expatriação dos executivos incluíam o transporte de objetos para a nova casa. "Hoje, o perfil é um pouco diferente. Eles são mais jovens, solteiros, ou casais jovens, sem filhos, com experiência internacional."
O executivo japonês da agência de publicidade Dentsu, Keitaro Nagao, 34, chegou ao Brasil em agosto do ano passado e cogitou trazer sua mudança. Mas a distância pesou. Depois de visitar sete imóveis, Nagao optou por morar no Itaim, a 500 metros do escritório. Além da localização, a decoração foi decisiva: "É bem diferente do estilo japonês e gostei disso."
Quem pretende investir no segmento deve manter o imóvel em ordem e se empenhar na decoração. Solange de Paula Oliva, da imobiliária Lello, chama a atenção para o contrato. "A locação do mobiliado envolve mais riscos em razão da maior quantidade de itens que podem gerar discussão."
Carolina Daffara/Editoria de Arte



Fonte: Folha de S. Paulo 

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