quarta-feira, 13 de março de 2013

Documento traz a vocação do imóvel

Com Estudo de Viabilidade Técnica, o investidor conhece o perfil do que deve ser construído para obter retorno financeiro

Henry Milléo/ Gazeta do Povo / “O estudo de viabilidade é o primeiro passo para quem quer investir em construção”, diz a arquiteta Vivian Millarch
“O estudo de viabilidade é o primeiro passo para quem quer investir em construção”, diz a arquiteta Vivian Millarch
A construção de um empreendimento comercial ou residencial depende, antes de mais nada, de sua viabilidade técnica e comercial. Um dos instrumentos utilizados por arquitetos, engenheiros e investidores é o Estudo de Viabilidade Técnica (EVT). O documento é uma análise preliminar de todos os fatores que podem influenciar uma obra e indica as probabilidades de retorno financeiro.
Para montar o EVT, o profissional leva em conta detalhes sobre o terreno, localização e a legislação relacionada à construção. São os itens básicos para definir critérios como o que pode ser construído naquela região da cidade, qual o número máximo de pavimentos permitido e outras diretrizes. O estudo pode ser feito por arquitetos, engenheiros e também por corretores de imóveis, ainda antes da compra do terreno.
“Além de dar um parâmetro técnico, o EVT deve levar em conta a viabilidade comercial, considerando o entorno da obra: se a região é comercial ou residencial, qual produto é mais procurado ou qual tem maior oferta”, explica Wensceslau Vitulskis, diretor da Valor Real Empreendimentos.
O levantamento direciona a vocação do terreno. “Não seria bom negócio construir um prédio com apartamentos de três quartos em uma região onde já existem muitos edifícios construídos ou sendo lançados com o mesmo perfil”, exemplifica Vitulskis.
Uma das nuances do EVT é o diagnóstico econômico da região, que ajuda a determinar o preço médio do metro quadrado do imóvel que será comercializado.
Base
A Guia Amarela, obtida na prefeitura, é a base para o EVT. É o documento que traz a localização do terreno, o enquadramento na Lei de Zoneamento e demais informações como sistema viário, usos permitidos, parâmetros construtivos, parâmetros de parcelamento do solo e outras.
O EVT não é uma obrigação legal, mas investir em um empreendimento sem estudar suas possibilidades é um erro. “Tenho o caso de um cliente que estava pronto para comprar um terreno próximo à Linha Verde e acabou desistindo. A intenção era incorporar um conjunto de sobrados num lote de 12 metros de frente, mas na instalação da Linha Verde o zoneamento da região mudou, inviabilizando a ideia inicial do investimento”, conta a arquiteta Vivian Millarch, do escritório StudioArch, que produz estudos de viabilidade.
Custo
Não há um preço definido para o estudo de viabilidade. Vitulskis calcula que o trabalho para elaboração do EVT – que inclui medição do terreno, levantamento planoaltimétrico, pesquisas com a prefeitura e no entorno da área – tenha um custo final de 2 a 3% do valor do empreendimento. Trata-se de um valor significativo, mas pode ser visto como investimento. “Esse gasto é a certeza de que você não construirá o produto certo no local errado. É um valor que terá retorno”, diz o empresário.

Fonte: Gazeta do Povo 

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