terça-feira, 12 de março de 2013

Imóvel com marina em Miami vale o mesmo que usado no RJ e SP


Usado em bairro de luxo em São Paulo e no Rio custa o mesmo que um imóvel em um condomínio de luxo em Miami, com marina privativa, mordomo e piscina de borda infinita


Condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, em Miami, na Flórida
Imagem ilustrativa do condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, em Miami, na Flórida

Condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, em Miami, na Flórida
Imagem ilustrativa de um iate do condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences

Condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, em Miami, na Flórida
Imagem ilustrativa do apartamento de 177 m² do condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, à venda por 600 mil dólares

São Paulo – Com os altos preços dos imóveis em algumas regiões do país, brasileiros têm se sentido atraídos por imóveis vendidos no exterior. A cidade de Miami, na Flórida, é um dos principais focos de atenção. Um condomínio de luxo na cidade com uma marina particular e com previsão para inauguração em 2015 já teve 25% de suas unidades compradas por brasileiros, o equivalente a 120 apartamentos. Os preços dos apartamentos no condomínio partem de 600 mil dólares (1.174.200 reais pela cotação do dia 11 de março de 2013), que é o valor de um apartamento de dois dormitórios com 177 m². Nesta faixa de preço seria possível comprar um apartamento usado de 110 m² em Ipanema, no Rio, ou um de 155 m² no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
Além do preço de um imóvel antigo em um bairro luxuoso do Rio de Janeiro ou de São Paulo se equiparar ao de alguns novos em Miami do mesmo tamanho ou mesmo maiores, a atração pelos imóveis americanos também pode ser atribuída ao fato de a estrutura de lazer nos imóveis brasileiros mais antigos deixar a desejar em relação à de imóveis como os do condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences.
Além da marina particular, o condomínio terá serviço de mordomo, piscina de borda infinita, jardim e extensa área verde com vista para os barcos que entram e saem do canal. Serão duas torres com 234 apartamentos e cada uma terá uma academia de ginástica, salas de massagens, estúdios para aulas privadas, café, sala de brinquedos, além de acesso seguro e manobristas 24 horas. Além disso, os apartamentos já vêm com armários na cozinha e banheiros, eletrodomésticos e granitos e mármores nas bancadas.
E se aqui no Brasil o serviço de marina deve ser pago à parte, no condomínio em Miami o serviço está incluído na taxa de condomínio mensal e oferece supervisão do deck central onde funcionará o concierge, serviços de preparação dos barcos e de manutenção, e outras facilidades como serviço de abastecimento, loja de conveniência e wi-fi nas docas.
O condomínio no Marina Palms terá um custo de 50 centavos de dólar por pé quadrado. Ou seja, um apartamento de 1.904 pés quadrados (ou 177 m²), terá condomínio mensal de 952 dólares, taxa que no Brasil, em muitos casos, equivale apenas ao valor do condomínio, sem contar os custos de marina, que em território nacional costumam partir de 460 reais.
Confira na tabela abaixo a comparação entre os imóveis na faixa de 1,2 milhão de reais no condomínio Marina PalmsYacht Club & Residences, em outros imóveis de Miami, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que a comparação foi feita com bairros luxuosos do Brasil, para que fossem estabelecidos paralelos entre imóveis buscados pelo mesmo perfil de comprador.
LocalizaçãoÁreaValor*
Miami: 17201 Biscayne Boulevard, North Miami Beach (Marina Palms)Imóvel de 177 m² com 2 dormitóriosR$ 1.174.200
Miami: Sunny Isles Beach***Imóvel de 156m² com 2 dormitóriosR$ 1.096.200
Miami: Downtown Miami (Opera Tower**)Imóvel de 97m² com 2 dormitóriosR$ 1.203.555
Miami: Sunny Isles Beach (St Tropez**)Imóvel de 150 m² com 3 dormitórios .R$ 1.330.760
São Paulo: Avenida Miguel Estefano/ HigienópolisImóvel de 155 m² com 3 dormitóriosR$ 1.200.000
Rio de Janeiro: Rua Gomes Carneiro / IpanemaImóvel de 110 m² com 3 dormitóriosR$ 1.100.000
*Conversões feitas com base nas cotações do dia 11/03/2013
**Apartamentos anunciados na imobiliária Elite International Realty
***Apartamento anunciado na RE/MAX
Perfil do comprador
Segundo Leo Ickowicz, presidente da Elite International Realty, imobiliária sediada em Miami, o interesse dos brasileiros por imóveis em Miami ganhou força depois da crise imobiliária nos Estados Unidos, em 2008, que ocasionou uma queda nos preços. “Apesar dos preços terem subido nos últimos anos, ainda se encontram por volta de 10% abaixo do valor pré-crise", afirma. 
Ele explica ainda que, diferentemente do que ocorreu no final da década de 1990, quando a compra de imóveis era especulativa, hoje muitos brasileiros têm comprado imóveis nos Estados Unidos para morar e para lazer.
Segundo dados da Elite, os brasileiros que adquirem imóveis para alugar nos Estados Unidos costumam gastar entre 250 mil e 300 mil dólares em um apartamento de 80 a 90 m². Este perfil de imóvel corresponde a 40% das compras de brasileiros na imobiliária.
Aqueles que compram imóveis para lazer e frequentam o imóvel esporadicamente pagam entre 300 mil e 1 milhão de dólares em residências de 140 a 150 m² (30% dos clientes da corretora). E os que pagam mais de 1 milhão de dólares, costumam comprar imóveis de 500 m² para morarem por alguns meses. Geralmente são empresários ou aposentados.
No geral, segundo a imobiliária, os clientes brasileiros que mais compram imóveis na cidade são empresários bem sucedidos e aposentados com alta renda que compram casas e apartamentos à beira da praia e vivem entre o Brasil e os Estados Unidos. Ainda segundo a Elite, alguns brasileiros também estão descobrindo outro nicho do mercado imobiliário local, que são os imóveis comerciais, que oferecem taxa média de rendimento de cerca de 7% ano.
Os brasileiros que compraram imóveis do condomínio Marina especificamente, segundo George Helmstetter, diretor executivo do The DevStar Group, grupo responsável pelo empreendimento em parceria com o The Plaza Group,  possuem alto poder aquisitivo. "E entre todos os compradores, brasileiros e de outras nacionalidades, cerca de 90% estão comprando o apartamento para uso próprio e 10 % para investimento. E a maioria deles tem barcos”, afirma.

Fonte: Exame.com


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