quinta-feira, 23 de maio de 2013

Amortizar parcelas reduz o custo final do financiamento imobiliário


Amortizar o financiamento não apenas faz com que o mutuário elimine mais rapidamente sua dívida como pode diminuir o custo final do empréstimo.
É possível tanto reduzir o número de parcelas quanto o valor da prestação. Quando opta pela primeira alternativa, o comprador paga só o correspondente ao restante do principal da dívida (valor emprestado). O banco não pode cobrar os juros sobre as parcelas antecipadas.

Marizete e Beat Grüninger, que compraram um apartamento aproveitando a queda nos juros para financiamento imobiliário
Marizete e Beat Grüninger, que compraram um apartamento aproveitando a queda nos juros para financiamento imobiliário

Para um financiamento de R$ 100 mil em 30 anos, à taxa de 12% ao ano, a quitação após os primeiros dez anos de pagamento vai representar uma redução de mais da metade do custo total inicialmente previsto, diz Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (associação dos profissionais de finanças).
"Nesse caso, ao fim dos 30 anos o custo final seria de R$ 353 mil. Com a quitação em dez anos, de R$ 168 mil."
A alternativa, no entanto, nem sempre é a mais indicada ao mutuário. "Quem está com uma prestação muito alta em relação à sua renda deve reduzir o valor das parcelas para não correr o risco de ficar inadimplente", alerta.
Reservar parte do 13º salário ou resgatar o dinheiro do "[FGTS]": são boas opções para amortizar a dívida.
O empresário suíço Beat Grüninger, 50, e sua esposa, Marizete Ramos, 46, decidiram sair do aluguel no ano passado.
Encontraram o apartamento ideal no mesmo prédio em que moram de aluguel, no Morumbi, zona sul da capital paulista, e financiaram o novo imóvel em 20 anos.
O casal está confiante de que não terá de manter o contrato por um prazo tão longo. "Acredito que vamos quitar o empréstimo em dez anos", afirma o empresário.
Com os negócios indo bem, eles pretendem utilizar, sempre que possível, os lucros de suas empresas na amortização do empréstimo.
Especialistas alertam, no entanto, que é preciso ter cuidado com esse planejamento, ainda mais quando se conta com uma renda variável, como a dos empresários.
"Não é bom incluir a possibilidade de ganho futuro, que não é garantida, no plano financeiro", diz Oliveira.
O ideal, nesse caso, é fazer provisões mensais para formar um fundo de segurança em caso de necessidade.
Tomar outros empréstimos para quitar o financiamento deve ser evitado, pois as linhas de crédito, em geral, cobram juros mais altos. O juro médio do empréstimo pessoal em banco, por exemplo, está em cerca de 42% ao ano, enquanto o do imobiliário, de 7,4% a 11% ao ano.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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