segunda-feira, 20 de maio de 2013

Planejar acabamento traz economia

Gastos para finalizar a obra e decorar a casa são consideráveis. É essencial calcular com antecedência

Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo / Neutralidade: móveis pa-drão e piso laminado em tons neutros são opções para econo-mizar em acabamento e decoração
Neutralidade: móveis pa-drão e piso laminado em tons neutros são opções para econo-mizar em acabamento e decoração

Um dos maiores erros na hora de adquirir o tão desejado imóvel é ignorar os gastos com acabamento. Piso, parede, metais, louças e móveis podem custar, em média, R$ 1 mil por metro quadrado – para um bom padrão de moradia – mas o preço vai depender do gosto e da disponibilidade orçamentária do morador. Há quem gaste até R$ 3 mil por metro quadrado.
Os valores pesam no bolso, ainda mais para quem acaba de comprar casa ou apartamento.

A combinação “pesquisa e planilha” é ideal e ajuda a encarar o acabamento do imóvel com menos estresse, além de gerar economia e satisfação, diz a arquiteta Gisela Miró.
Ela conta que muita gente esquece que será preciso gastar para tornar o imóvel minimamente habitável. Planejar é essencial. “Pelo menos a cozinha e o banheiro tem de estar prontos. Os outros cômodos sejam feitos aos poucos”, explica.
Atenção
Na hora de fechar o contrato, aponta Gisela, o comprador deve ter atenção redobrada ao memorial descritivo fornecido pela construtora.
“Em um imóvel comprado na planta, este é o documento que diz o que virá na unidade. Itens como piso, louça do banheiro, equipamento para iluminação e outros detalhes devem estar especificados. A partir daí, pode-se definir o que será necessário comprar”.
Opções
Depois de fazer a lista do que será preciso adquirir, diz Gisela, tenha em mente que há opção para tudo. E a indústria não para de lançar novidades. “No lugar do piso de madeira pode-se usar um laminado”, exemplifica.
Um forro para distribuir a iluminação e deixá-la mais aconchegante pode ser mais barato do que destruir a laje para embutir pontos de luz, aponta a arquiteta. Substituir móveis planejados pelos soltos, com medidas padrão, também custa menos.
Cortinas prontas e adesivos de parede, com cores e design interessantes, são opções para uma decoração barata e com efeito e podem se contrapor a móveis, paredes e piso em tons neutros.
Tempo
Optar por materiais de acabamento mais baratos não significa menor conforto ou qualidade. “Há muitos produtos bons e em conta, mas é preciso tempo para pesquisar e fazer a melhor escolha”, lembra a arquiteta Eliane Canhoto, coordenadora do curso técnico em design de interiores do Cepdap.
Pesquisando bastante, dá para chegar a valores entre R$ 700 a R$ 800 o metro quadrado. Eliane também recomenda que os gastos com acabamento sejam planejados em orçamento, junto com o preço de compra do imóvel.
Orçamento apertado
Dicas e soluções que ajudam a economizar:
• Em áreas molhadas, como cozinha e lavanderia, dá para usar tinta específica nas paredes em vez de revestimento cerâmico.
• Uma faixa de azulejos de demolição no banheiro ou uma faixa de papel de parede na sala dão um toque especial sem custar muito.
• Para o piso, há porcelanatos de boa qualidade que custam R$ 20 ou R$ 30 o m2.
• Adquira materiais básicos e invista mais no que não se troca com facilidade, como um bom balcão de pia.
• Reveja o orçamento da família e tente estipular valores para gastar com cada cômodo.
• A vontade é decorar tudo de uma vez, mas há prioridades. Finalizar cozinha, banheiro e quartos é essencial para habitar o imóvel.
• Itens decorativos são mais atraentes aos olhos, mas pense primeiro nos móveis e depois nos acessórios.
• Escolher o estilo da decoração é estratégico. Com isso definido, fica mais fácil afunilar a busca e fazer orçamento.
• É natural querer tudo novo, mas antes de mudar analise o que pode ser reaproveitado: espelhos, cadeiras, poltronas e mesa de centro podem ser reutilizados, ganhando novas funções em espaços diferentes.
Fonte: Gisela Miró, arquiteta, e Eliane Canhoto, arquiteta e coordenadora do curso em design de interiores do Cepdap.
Fonte: Gazeta do Povo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário