Uma crença comum é a de que alugar uma casa ou apartamento em vez de comprar com financiamento é sinônimo de rasgar dinheiro, mas pode ser uma boa opção.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o aluguel de um imóvel representa, em média, 0,4% de seu valor total, enquanto a taxa de juros média em financiamentos é de 0,76% ao mês (percentuais podem variar).
Ou seja, é impossível que o aluguel tenha o mesmo valor da parcela. Se os valores fossem iguais, os bancos jamais ofereceriam crédito.
Aqueles que pensam em financiar devem sempre analisar o que acontecerá com seu patrimônio caso optem por investir o valor da entrada e das parcelas descontando o aluguel. Ao término do financiamento, o que vale mais: um imóvel ou uma boa quantia em dinheiro no banco?
Vamos supor um apartamento de R$ 500 mil pago com 20% de entrada e o restante parcelado em 360 meses. Com as taxas citadas, temos uma parcela mensal fixa de R$ 3.266,10 e um aluguel de R$ 2.000. Após 30 anos, o valor das parcelas somado aos R$ 100 mil de entrada totaliza R$ 1,28 milhão.
Se o indivíduo investir, em uma modalidade de baixo risco, os R$ 100 mil de entrada e a diferença mensal entre o valor das parcelas e do aluguel (R$ 1.266,10), obterá, em 30 anos, R$ 1,87 milhão.
Cabe a decisão: em 30 anos, é preferível estar com um imóvel de 30 anos de uso ou ter um patrimônio em dinheiro de R$ 1,87 milhão?
As taxas e promoções seduzem o consumidor. Comprar um imóvel pode ser a realização de um sonho para muitas pessoas.
No entanto, para quem pensa em investir e sofrer menos com cobranças mensais que sufocam o orçamento, nos dias atuais, alugar pode ser bem mais interessante.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário