segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para onde vão os móveis do decorado?



Itens do apartamento modelo têm destinos diversos. Podem ir a leilão ou para a futura residência de um comprador

Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / Apartamento compacto da Invespark, com decoração planejada, mostra o potencial do imóvel: tudo que é preciso para morar com conforto está ali
Apartamento compacto da Invespark, com decoração planejada, mostra o potencial do imóvel: tudo que é preciso para morar com conforto está ali
Visitar o estande de um lançamento traz aquele gostinho especial: para quem pretende comprar apartamento, a unidade decorada dá água na boca. Por isso, as construtoras preparam com cuidado os apartamentos para exibição. Totalmente equipados, eles têm decoração assinada por arquitetos e designers especializados em deixar o modelo com jeito de casa aconchegante.
Conhecer uma unidade pronta para morar pode ser fundamental para a decisão de compra e cada vez mais gente se interessa pelo destino dos móveis do decorado, que varia conforme a empresa que administra o empreendimento.
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação / No edifício Eos Barigui, da Laguna, ambientes prontos da unidade preparada pela construtora dão ao comprador a sensação de estar em casaAmpliar imagem
No edifício Eos Barigui, da Laguna, ambientes prontos da unidade preparada pela construtora dão ao comprador a sensação de estar em casa
Comodidade
Mobiliário de unidade montada sai em conta para o comprador final
O edifício Eos Barigui, da Laguna, terá uma unidade completa que ficará disponível para venda. Aroldo Bogo, gerente comercial da empresa, comenta que a iniciativa é válida porque os apartamentos decorados são criados para fazer com que o cliente tenha a sensação de estar em casa.
“Ambientes planejados, com móveis sob medida e itens de decoração, traduzem o ambiente como um lar”, observa Bogo.
Planejados
Na Laguna, a unidade é comercializada com a mobília fixa (móveis planejados). “Tem um custo inferior do que se o cliente fosse comprar por conta própria, pois trabalhamos com preço especial com os fornecedores”, explica o gerente.
Parcerias
A VCG Empreendimentos vai experimentar, pela primeira vez, a iniciativa de montar um apartamento dentro de uma das torres para vendê-lo em formato completo.
“Costumamos manter o decorado pelo maior tempo possível no estande. Em outras ocasiões, fizemos parcerias com lojas e os móveis ficavam no imóvel em forma de comodato”, explica Guilherme Vialle, diretor da empresa.
No residencial Le Soleil, a empresa optou por oferecer o produto aos consumidores.
“Ainda não temos ideia do preço nem da procura que terá, mas percebemos que é um bom diferencial para venda, porque além da comodidade, o valor final sairá mais baixo para o comprador do que se as peças fossem adquiridas separadamente”, opina.
Há casos em que os itens vão a leilão na internet. Também podem ser vendidos a preços camaradas para funcionários das empresas.
Outra opção, que começa a tomar forma em Curitiba, é a venda dos móveis junto com o apartamento. Depois de figurar no estande, o mobiliário, quase sempre produzido sob medida, passa a compor uma das unidades à venda.
Opções
Nenhuma dessas opções prevalece no mercado local. As decisões sobre o decorado variam em cada empresa ou empreendimento.
Na Thá, uma das maiores construtoras da capital, duas situações são mais corriqueiras: os móveis são vendidos em um apartamento ou as peças ficam em depósito para reutilização em plantões de venda.
“Depende do projeto e até do valor do imóvel. Em um apartamento pequeno, o valor da decoração pode não valer a pena com relação ao preço da unidade”, explica Valdecir Charnoski, gerente de produto da empresa. “Já em um imóvel de R$ 500 mil é vantajoso para o comprador adquirir todo aquele mobiliário por R$ 150 mil”, exemplifica.
Acabamentos
Na San Remo, especializada em alto padrão, os empreendimentos mais recentes seguiram a opção da venda do imóvel com os móveis.
“Durante a construção, quando há um apartamento pronto, montamos a unidade com todo o acabamento, incluindo mármores, metais e louças. Dessa forma mostramos como, de fato, o imóvel vai ser entregue. O resto do mobiliário pode ser negociado, mas é difícil estipular um valor médio”, diz Aline Perussolo, diretora de marketing da empresa.
A Monarca amplia o leque. Se um apartamento decorado foi desmontado e outro, do mesmo perfil, será lançado, o mobiliário é reaproveitado. O imóvel pode, também, ser vendido com todos os itens.
Leilões
Há ainda a alternativa dos leilões, que podem ser internos – uma espécie de bazar para os funcionários – ou de forma convencional, pela internet e aberto a todos os interessados.
Mercado
Decorado é bom negócio para quem compra e para quem vende
Há público para o imóvel que vem com o “pacote completo”. A restrição do comprador costuma ser em relação a alguma peça ou detalhe específico que não agrada.
“A única resistência está ligada ao gosto do cliente. Nunca vimos ninguém rejeitar a proposta porque os móveis já estiveram no apartamento decorado, à disposição de visitantes. A comodidade de entrar em um imóvel pronto fala mais alto do que a exclusividade”, comenta Michelle Beber, gerente de projetos da Invespark.
“Já existe essa demanda pelo apartamento completo. Para o comprador porque esses itens acabam saindo mais em conta, e ainda sem o incômodo de mudança ou contratação de profissional para decorar o imóvel. E para a construtora porque o mobiliário se torna atrativo para as vendas”, aponta Valdecir Charnoski, gerente de produto da Thá.
Ele explica que o decorado costuma ser montado em uma unidade em andar baixo do edifício, para agregar valor ao negócio.
Fonte: Gazeta do Povo 

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