quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Projeto minimalista e muito prático: uma casa de praia à prova de dor de cabeça

Residência em Atlântida tem na escolha de materiais e de soluções o segredo para uma temporada sem complicação

Projeto minimalista e muito prático: uma casa de praia à prova de dor de cabeça Eduardo Liotti/Divulgação
O piso é único, tanto nas áreas sociais quanto íntimas, de porcelanato com aparência de cimento (acima). O revestimento conquista pela facilidade de limpeza e a ausência de manutenção a longo prazoFoto: Eduardo Liotti / Divulgação
“... e o simples resolve tudo”, cantou Renato Teixeira na música Irmãos da Lua. O verso expressa o desejo da decoradora  francesa Véronique Braga Silva para a própria casa em um condomínio em Atlântida, no litoral norte do Estado. Praticidade define o projeto arquitetônico e de interiores da construção finalizada há dois anos, mas que conserva detalhes tão atuais que poderia ter sido concluída há uma semana.
– Eu queria o máximo do conforto com o menor custo, uma casa muito simples e de fácil uso, que pudéssemos desfrutar de diversos modos, com privacidade e sem a necessidade de, por exemplo, ter empregada ou faxineira frequente – diz Véronique.
A construção de 400 metros quadrados de área, distribuídos em dois andares, é utilizada pela família – Véronique, o marido e os dois filhos, durante a estação mais quente do ano.
Detalhamento construtivo
A integração é total no andar térreo. Estar, jantar e cozinha de um lado, churrasqueira do outro.  Os detalhes arquitetônicos foram pensados para dar tanto leveza visual quanto praticidade na manutenção.
– As portas não têm guarnições, usamos apenas marco com negativo em relação à alvenaria, solução de efeito estético dentro da linguagem minimalista e limpa – diz Rodrigo Maya, um dos autores do projeto arquitetônico.
Na área íntima, localizada no segundo andar, a distribuição das áreas visa ambientes iluminados, amplos e arejados.
– Tudo é para facilitar o uso e contribuir para uma vida simples e sem tanto trabalho – conclui Véronique, consciente de que uma vida sem complicações é um dos segredos para a felicidade.
Sabem tudo esses franceses.
Sobreposta e ecológica
Arquitetonicamente, a casa foi construída com base em dois blocos em formato de L sobrepostos, trabalho da dupla de arquitetos Rodrigo Maya e Luiza Campana, da Manifesto Arquitetura, e do engenheiro estrutural Mário Santos.
– A casa se volta para o interior, dentro do pedido de privacidade feito pelos proprietários – resume Rodrigo.
Detalhe projetado em conjunto entre a equipe e a decoradora Véronique, no segundo andar, chama a atenção: um jardim de suculentas na cobertura.
– O telhado funciona mesmo, não é só decorativo, ajuda a manter a temperatura da casa – assegura Véronique.
Privacidade à luz do solO jardim, resguardado no miolo da construção, une-se à área social pelas portas de vidro que se abrem totalmente. A área externa tem piso cimentício atérmico e piscina de 40 metros quadrados de área com pastilhas brancas.  Construída com uma parte mais funda (1,50m de profundidade) e outra rasa (30cm), recebe com segurança cadeiras no platô sem atrapalhar o banho.
– A orientação solar foi vital. A piscina fica na fachada norte e distante da casa para aproveitamento máximo – diz Rodrigo,  autor do projeto com Luiza Campana.
Piscina sem mistério
Tá planejando ter uma piscina em casa? Arquiteta esclarece dúvidas para ajudar a escolher o modelo ideal para cada caso: 
– A piscina valoriza o visual de uma área externa, mas são mais aconselhadas para famílias com crianças ou que gostem de receber visitas para desfrutar do lazer na água. Um dos motivos é que a piscina requer muita manutenção em proporção aos poucos meses de uso.
– O tamanho mínimo depende do número de pessoas que precisa comportar. Nas coberturas, opte pelos modelos de canto. O formato é determinado pelo projeto arquitetônico, mas as arredondadas se harmonizam com o jardim.
– Os revestimentos pequenos e em formatos quadrados – 2,5cm x 2,5cm ou 5cm x 5cm –, chamados de pastilhas, dão efeito estético diferenciado, mas exigem mais manutenção. O material é indicado para piscinas em formato curvo. Já os revestimentos maiores, em geral cerâmicos,  vão bem em piscinas de linhas retas, pela dificuldade de aplicar o material nas curvas.
– A profundidade é determinada em função das crianças, mas não apenas delas, pois crescem e podem usar boias. Considerando isso, pode-se definir a profundidade de uma piscina em torno de 1,50m, e a altura da água, em cerca de 1,40m.
– As propostas com prainha (platô mais raso) são usadas quando há mais área para dispor o equipamento e em piscinas maiores. Recomenda-se o modelo para quem gosta de tomar sol dentro d'água ou para quem tem crianças pequenas.
– A piscina de raia é recomendada para os que nadam ou para quem tem uma extensão grande de pátio que comporte esse modelo.
– Todas as piscinas customizadas devem ser impermeabilizadas, exceto as prontas, de fibra, que não absorvem a água.
Fonte: Zero Hora 

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