segunda-feira, 4 de março de 2013

Saiba o que fazer no apartamento para se livrar do barulho da vizinhança

Salto alto, crianças, festa, volume da TV, descarga, gritos, latidos. Na vida verticalizada, ninguém está imune ao barulho alheio. Os conflitos que têm como causa a barulheira dos vizinhos são a segunda queixa mais comum em condomínios, atrás apenas da falta de pagamento de taxas, afirma o advogado especializado em direito condominial Alexandre Marques.


O engenheiro Davi Akkerman, presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica, explica que as edificações são obrigadas a atender a certos requisitos técnicos, mas que nem sempre eles são suficientes para isolar o barulho.
Zé Carlos Barretta/Folhapress
Iara Andrade teve problemas com o apartamento de cima por causa de barulho e usa a vassoura para reclamar
          Iara Andrade teve problemas com o apartamento de cima por causa de barulho e usa a vassoura para reclamar

Paredes, lajes e pisos de espessuras cada vez mais finas, assim como o uso de janelas comuns, são os principais responsáveis pelo desconforto.
Alguns lançamentos têm alardeado o isolamento acústico como diferencial, mas, na realidade, essa é uma das determinações da nova norma de desempenho de edificações habitacionais NBR 15.575, que vai vigorar a partir de 19 de julho e prevê, entre outras especificações, o conforto acústico como pré-requisito em construções.
Antes de buscar uma solução para o barulho, é preciso identificar de que tipo de ruído seu imóvel é vítima.
Existem dois tipos de barulho, explica Akkerman: o aéreo e o estrutural.
O primeiro é propagado pelo ar (música alta, latidos). O segundo é causado por impacto e transmitido pela estrutura do prédio (martelo, descarga). Para ruídos aéreos, é possível reforçar janelas, paredes e lajes. Os estruturais exigem ações complexas e, às vezes, podem não ter solução, diz.
Para a pedagoga Iara Andrade, 40, a saída foram as clássicas cutucadas com vassoura no teto. Os vizinhos de cima dormem tarde. A criança brinca de bolinha de gude e carrinho de controle remoto, e eu escuto tudo. Para não bater na porta deles, uso a vassoura, diz.
Apesar das marcas no teto, Iara diz ter um bom relacionamento com a vizinha. Funciona bem no nosso convívio. Virou nosso meio de comunicação.
Quando o diálogo com o vizinho não dá resultado, é possível recorrer a revestimentos e acessórios para "blindar" seu apartamento. A seguir, conheça os problemas mais comuns e o que é possível fazer para não ser obrigado a compartilhar da intimidade da vizinhança.
Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha de S. Paulo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário