segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ponte para fechar negócio

Público de feiras imobiliárias não quer só olhar: objetivo é achar a casa própria e assinar contrato

Tatielle Euzébio / Feirão da Apolar, em parceria com o Banco do Brasil, gerou negócios em pleno sábado
Feirão da Apolar, em parceria com o Banco do Brasil, gerou negócios em pleno sábado

Os indicadores de busca por imóveis, em ascensão nos últimos anos, popularizaram o formato de vendas em feiras. Mais comuns em outros mercados, como o automotivo, os feirões – ou eventos temporários em finais de semana – “pegaram” nesse segmento.
Espaço privilegiado para vendedores e compradores, a feira funciona como uma ponte que encurta caminhos. O formato do evento leva a fechar negócios: construtoras, incorporadoras e imobiliárias preparam ofertas especiais e conseguem exibir todo seu portifólio de produtos para um público grande.
Já os potenciais compradores têm à disposição centenas de ofertas, reunidas em um só lugar, facilitando a escolha e também a chance de sair do evento com contrato assinado.
As feiras mais conhecidas são aquelas promovidas por entidades, reunindo a maior parte das empresas do setor. Há dois eventos, anuais, promovidos pela Caixa Econômica Federal e pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR).
Outros feirões são realizados por empresas. Para esse tipo de evento, não há calendário fixo – em geral acontecem quando a construtora, ou imobiliária, reúne as unidades disponíveis, oferecendo descontos e condições especiais – inclusive brindes, como viagens ou móveis para a nova casa.
Além de bem estabelecidas pela regularidade e porte, as feiras da Caixa e da Ademi-PR têm crescido a cada ano. Boa estrutura, divulgação e grande número de ofertas geram um ciclo que leva as empresas participantes a investir, cada vez mais, nos estandes e em promoções, para alcançar volume de negócios satisfatório.
A Feira da Caixa, realizada em maio, chega à nona edição. “A oferta da instituição financeira com as taxas mais atraentes, reunindo vendedores e compradores em um só lugar e em tempo determinado, agiliza as negociações”, comenta João Antônio Devita, gerente regional do banco. Ele conta que muitas construtoras têm se adaptado ao calendário dos eventos. “Há empresas que programam lançamentos para as feiras, oferecendo descontos especiais nessas ocasiões porque sabem que terão retorno”, aponta.
Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR, diz que a feira de imóveis organizada há 22 anos pela entidade é positiva para o comprador porque proporciona imparcialidade. “Disponibilizamos todas as ferramentas para a aquisição do imóvel em um mesmo lugar. Bancos, empresas de consórcio, construtoras, incorporadoras e imobiliárias estão lá. Você circula, conhece as opções, compara os benefícios e consegue fazer uma escolha mais acertada, além de negociar as condições”, ressalta. Dados da Ademi-PR indicam que, a cada ano, o público que visita a feira cresce cerca de 10%.
Coloque na agenda e tenha atenção aos detalhes
A Feira da Caixa Econômica está prevista para os dias 18 e 19 de maio no Marumby Expo Center, em Curitiba. Já a Feira de Imóveis da Ademi-PR será entre 28 de agosto e 1º de setembro, no Expo Renault Barigui, também na capital. Em Maringá, a Feira de Imóveis está acontecendo neste final de semana, junto com a Casa.com e a Exposíndico, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.
Tanto nos feirões das entidades quanto naqueles feitos por imobiliárias e construtoras, as condições tentadoras para o comprador exigem atenção redobrada. “É preciso calcular bem e certificar-se que as promessas e descontos são significativos”, ressalta João Antônio Devita, da Caixa Econômica.
Na oferta de cozinhas montadas ou outros cômodos mobiliados, é bom certificar-se da qualidade dos móveis e do quanto eles valem no negócio. “Avalie bem e coloque na ponta do lápis. Um mimo na hora da compra, às vezes, vale mais como agrado do que como desconto”, lembra o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig.
Balanço
As feiras também funcionam como porta de entrada do consumidor no mercado imobiliário. “Muita gente conhece os produtos durante a feira e faz o primeiro contato, mas fecha negócio nas semanas seguintes, com a decisão consolidada”, comenta Devita.
Em 2012, o evento promovido pela Caixa movimentou R$ 1,4 bilhão em negócios e público de cerca de 29 mil pessoas. A Feira de Imóveis da Ademi-PR reuniu mais de 37 mil pessoas e movimentou R$ 50 milhões. No feirão da Apolar, dia 13 passado, 150 corretores da imobiliária trabalharam junto a 60 colaboradores do Banco do Brasil para atender o público em cinco agências do banco. De acordo com a empresa, mais de 300 pessoas interessadas em adquirir imóvel ou buscar informações sobre taxas e financiamento passaram pelos locais. Duas vendas foram concretizadas durante o evento e muitos clientes agendaram visitas a imóveis. A 15ª Feira de Imóveis de Maringá, ano passado, recebeu mais de 15 mil pessoas em três dias.
Já o feirão da construtora Tenda, no início de março em Curitiba, oferecia uma viagem de até R$ 15 mil reais para quem fechasse negócio. Por questões estratégicas, a empresa declarou que não divulga quantos contratos foram negociados. Em nota para a imprensa, a Tenda explica que esse tipo de evento vale a pena como divulgação e também para vender unidades disponíveis em alguns empreendimentos. A construtora não esclarece as condições que viabilizam presentear clientes com viagem internacional. “O plantão de vendas não oferece a estrutura ideal para o ato da venda das unidades. Além de reunir os produtos com condições especiais, o feirão proporciona a estrutura necessária para que o cliente consiga comprar os imóveis na hora”, diz a empresa.
Eventos
Coloque na agenda e tenha atenção aos detalhes
A Feira da Caixa Econômica está prevista para os dias 18 e 19 de maio no Marumby Expo Center, em Curitiba. Já a Feira de Imóveis da Ademi-PR será entre 28 de agosto e 1º de setembro, no Expo Renault Barigui, também na capital. Em Maringá, a Feira de Imóveis está acontecendo neste final de semana, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.
Especialistas apontam que as condições tentadoras oferecidas para o comprador durante os eventos temporários exigem atenção redobrada. “É preciso certificar-se que as promessas e descontos são significativos”, ressalta João Antônio Devita, da Caixa Econômica.
Na oferta de cozinhas montadas ou outros cômodos mobiliados, é bom certificar-se da qualidade dos móveis e do quanto valem no negócio. “Avalie bem e coloque na ponta do lápis. Um mimo na hora da compra, às vezes, vale mais como agrado do que como desconto”, lembra o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig.
As feiras também funcionam como porta de entrada do consumidor no mercado imobiliário. “Muita gente conhece os produtos durante a feira e faz o primeiro contato, mas vai fechar negócio nas semanas seguintes, com a decisão consolidada”, comenta Devita.
Balanço
Em 2012, o evento da Caixa movimentou R$ 1,4 bilhão em negócios e teve público de cerca de 29 mil pessoas. A Feira de Imóveis da Ademi-PR reuniu mais de 37 mil pessoas e movimentou R$ 50 milhões. No feirão da Apolar, dia 13 passado, 150 corretores trabalharam junto a 60 colaboradores do Banco do Brasil em cinco agências. Mais de 300 pessoas interessadas em adquirir imóvel ou buscar informações sobre taxas e financiamento passaram pelos locais. Duas vendas foram concretizadas e dezenas de clientes agendaram visitas a imóveis, de acordo com a Apolar

Fonte: Gazeta do Povo 


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