quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vendas de imóveis caem 7% no Brasil

As praças que sofreram as maiores reduções no VGV lançado foram Distrito Federal, Curitiba, Salvador, e Goiânia


Retração na quantia total das vendas passou de cerca de R$ 86 bilhões para R$ 79,676 bilhões


A queda dos preços dos imóveis no primeiro bimestre de 2013 em São Paulo, conforme o ZAP Imóveis antecipou na semana passada, é um reflexo do que tem acontecido no mercado nacional de lançamentos desde o ano passado.
Segundo o Anuário do Mercado Imobiliário do Brasil, divulgado nesta quarta-feira pela Lopes, empresa de consultoria e intermediação de imóveis, o VGV (Valor Geral de Vendas) lançado em todo o País em 2012 foi 7% menor em relação a 2011.
Em números absolutos, a retração na quantia total das vendas passou de cerca de R$ 86 bilhões para R$ 79,676 bilhões até o último mês de dezembro.
As praças que sofreram as maiores reduções no VGV lançado foram Distrito Federal, com queda de 50%, Curitiba, com 46%, Salvador, com 35%, e Goiânia, com 28%. Apesar da baixa de somente 7%, São Paulo também esteve entre os locais que os valores foram, em média, menores do que em 2011.
No entanto, outros mercados registraram bons crescimentos, como Vitória (ES), que teve alta de 25%. Porto Alegre, com 18%, Grande Rio de Janeiro, com 15%, Campinas, com 14%, e Belo Horizonte, com 12%, também se destacaram pelo aumento nas receitas.
“Esta pequena redução em âmbitos nacionais está mais relacionada com a questão da demora e nas dificuldades das aprovações dos projetos imobiliários pelo poder público. Em Brasília, por exemplo, muitos empreendimentos estão sendo entregues somente agora no Setor Noroeste. Então, não é uma questão de mercado”, analisou Caio Augusto Pereira, gerente da Lopes, em evento em São Paulo.
A pesquisa, que contemplou 86% do VGV total lançado no país no ano passado (R$ 69 bilhões) enquanto R$ 11 bi foram estimados em outros municípios não mapeados , apontou que foram lançados 1.321 empreendimentos, 2.769 torres, com 182.803 unidades.
Empreendimentos da Região Metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro respondem pela maior parte, com R$ 28 bilhões e R$ 11 bilhões, respectivamente.
Em terceiro lugar no ranking das capitais com maior VGV está Belo Horizonte. A capital mineira subiu três posições na comparação com o estudo de 2011, com R$ 3,9 bilhões de VGV.
“Ainda temos produtos que atingem uma velocidade boa de vendas. Mas, não acreditamos em mudanças de preços. Os custos com os terrenos não têm baixado, então o mercado não tem como voltar atrás. Talvez, quem morar em um apartamento de 30 anos consiga um bom preço. Mas, se o comprador quiser morar em boa localização, com projetos modernos, ele vai pagar por isso. É uma nova realidade de preços, o mercado mudou. Não dá para comparar produto antigo com o novo”, apontou Mirella Parpinelle, diretora geral de atendimento da Lopes.
Ainda segundo o estudo, São Paulo, Rio e Belo Horizonte somaram 64% do mercado imobiliário brasileiro até 2012 e que um apartamento no Brasil teve o metro quadrado, em média, a R$ 5.110.
A previsão da Lopes para 2013 é que o mercado nacional deve se manter no mesmo patamar dos últimos dois anos e ficar entre R$ 80 bilhões e R$ 85 bilhões de VGV.
Fonte: Zap Imóveis 


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