Áreas verdes planejadas criam contato com a natureza e valorizam os novos empreen-dimentos
A verticalização das grandes cidades impulsiona o surgimento de edifícios com jardins e outros espaços ao ar livre. Mas já não é suficiente implantar um gramado com bancos de jardim – o projeto dessas áreas deve ser profissional e adequado ao conceito do empreendimento, por isso o investimento das incorporadoras em paisagismo é crescente.
“Os clientes prezam muito pela área de recreação e espaços bem montados que propiciem contato com a natureza. São itens essenciais para tornar todo o empreendimento mais agradável”, comenta Rosângela Sabbag, paisagista da Toque Natural. “É essencial ter espaços com plantas, fontes e mobiliário confortável, que tragam bem-estar”, diz.
Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Detalhe do Pátio das Palmeiras, da Rossi
Para vender mais
Seja na área comum do empreendimento ou dentro das unidades – em jardins de inverno ou varandas – a ambientação com plantas, fontes, pisos e móveis específicos funciona também como apelo de vendas.
“Atualmente, não há projetos que não se preocupem em oferecer essas áreas. É um item tão importante quanto o salão de festas”, comenta Guilherme Takeda, paisagista da construtora Cyrela.
Integração
Os novos prédios trazem espaços de contato com a natureza ou ambientes que evoquem lazer, relaxamento e descanso, com design e paisagismo assinados.
“Os compradores querem áreas para descanso e caminhadas, um jardim reservado ou uma academia ao ar livre”, argumenta Gustavo Kosnitzer, diretor regional da Rossi.
“Essa integração permite que as pessoas cuidem do corpo e da mente no conforto e segurança do condomínio”.
Kosnitzer salienta que o projeto paisagístico deve seguir o conceito do empreendimento.
A decisão dos itens de paisagismo que serão implantados é alinhada ao projeto das áreas de lazer, principalmente as externas, e precisa estar em sintonia com a arquitetura do imóvel.
Ativando os sentidos
“Nossa intenção, com o paisagismo, é recriar o ambiente externo e gerar bem-estar com a vegetação, o barulho da água e outros elementos, trabalhando os sentidos dos usuários”, explica Guilherme Takeda.
“Em um empreendimento que comporta pomar ou horta, preferimos usar plantas nativas, que remetem à lembrança da infância para os mais velhos, além de funcionar como espaço lúdico para crianças”, comenta o paisagista da Cyrela.
Laranjeira, limoeiro, araçá, cerejeira do mato e guabiroba estão entre as árvores frutíferas presentes nos projetos feitos para Curitiba e região.
Quanto custa o paisagismo?
A paisagista Rosângela Sabbag, da Toque Natural, explica que cuidar de jardins planejados não encarece a manutenção do condomínio. “O cuidado com plantas e espaços verdes é barato ”, diz. Christian Voelcker, vice-presidente da imobiliária Auxiliadora Predial, também afirma que a manutenção paisagística não gera custos significativos nos condomínios verticais, representando cerca de 5% da arrecadação mensal.
“Muitas vezes, esses espaços são cuidados pelos próprios moradores, que se preocupam em manter as plantas bem cuidadas e gostam dessa atividade, mas a visita regular de um profissional é essencial. Algumas atividades, como as podas periódicas, são bem específicas e se forem feitas de forma errada podem estragar o projeto”, diz Rosângela.
Ela calcula que para montar um espaço com elementos de paisagismo em casa, a média de valor é de R$ 72 para cada metro quadrado, em jardins que tem entre 70 e 300 m². O mesmo custo vale para varandas, que tem sido transformadas em extensões da sala de estar.
Valorização
O paisagismo é fundamental na valorização dos empreendimentos. Prédios mais simples têm elementos básicos, como árvores e canteiros, enquanto condomínios de alto padrão oferecem itens como praças, arborização, pomar, horta, canteiros, trilhas e espaços com água.
“Quanto maior o valor do imóvel, maior é a preocupação em apresentar um projeto completo, que inclui também o paisagismo”, diz Gustavo Kosnitzer, da Rossi.
“Em condomínios horizontais, o projeto paisagístico pode encantar o comprador até mais do que a própria construção”, comenta Christian Voelcker. “A harmonização entre o projeto arquitetônico e os espaços verdes realçam e valorizam os atributos visuais do condomínio”.
Fonte: Gazeta do Povo
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