segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Brasil chega a 1 milhão de metros quadrados em habitações sustentáveis

Segundo levantamento, já são 80 prédios de apartamentos, 84 casas e 100 unidades de outras tipologias com este perfil

O Brasil tem se destacado no mercado imobiliário mundial como um dos países que mais investe em sustentabilidade na construção de habitações.

É o que aponta um levantamento feito pela Fundação Vanzolini, formada e gerida por professores da USP, que promove a certificação Processo Aqua em casas e apartamentos sustentáveis.
Cerca de 60% de todas as unidades certificadas foram construídas em São Paulo (Foto: Divulgação)
Em 2013, a chancela adaptada ao Brasil, a partir do modelo francês HQE (Haute Qualité Environmentale), atingiu a marca de 7.711 unidades habitacionais avaliadas, o que corresponde a mais de 1 milhão de metros quadrados certificados.
No levantamento por edifícios, já são 80 prédios de apartamentos, um conjunto de 80 casas de interesse social e quatro casas de alto padrão com este perfil.
Além disso, há 100 unidades certificadas que são de outras tipologias, como hospitais, comércios e escolas.
“A questão da sustentabilidade já deixou de ser moda e já se tornou uma necessidade. Um recurso como este agrega valor ao produto, à imagem do imóvel, além de gerar uma redução nos gastos com as taxas de condomínios, pois há uma economia, em média, de 30% em energia e 40% em água”, aponta Bruno Casagrande, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios da certificação Aqua, em entrevista ao ZAP Imóveis.
Ainda segundo a pesquisa, o Estado de São Paulo é, de longe, o local com o maior número de empreendimentos sustentáveis. Cerca de 60% de todas as unidades certificadas foram construídas em território paulista.
Rio de Janeiro vem em segundo na relação, com Brasília e algumas regiões do Nordeste e Sul completando os lugares que mais promovem sustentabilidade no país. “O Norte do Brasil é a região mais defasada neste assunto”, completa Casagrande.
Apesar do crescimento deste segmento, o Brasil ainda está bem atrás em relação a alguns países da Europa quando o assunto é sustentabilidade.
Segundo Bruno Casagrande, a França já conta com 36 milhões de metros quadrados certificados. São 230 mil projetos com o carimbo de aprovação.
“Eles começaram muito antes a pensar em sustentabilidade. Em 1974, já havia prédios certificados na França. No Brasil, essa visão é muito recente, cinco anos no máximo”, compara.
A sustentabilidade agrega valor ao imóvel, além de gerar uma redução nos gastos com as taxas de condomínios, aponta especialista
Outro benefício da certificação é a diminuição dos impactos que uma construção causa no entorno. Para se ter uma ideia, nas regiões onde as construções foram certificadas, os moradores do bairro convivem com um canteiro de obras limpo, que economiza recursos naturais e que não gera desconforto acústico aos vizinhos.
Outro aspecto importante, é que os moradores das unidades vão utilizar edificações modernas, que preservam o meio ambiente, com economia de água e energia e, ainda, oferecem maior conforto e saúde, se comparada às construções convencionais.

Fonte: Zap Imóveis 

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