quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Imóveis de um dormitório ficam cada vez menores

Na última década, a menor tipologia construída em São Paulo encolheu 22% de tamanho, a maior redução entre todos os lançamentos na cidade, segundo o Secovi

Nova vedete do mercado imobiliário paulistano, o imóvel de um dormitório tem ficado cada vez menor para se morar.



A segunda maior redução de tamanho de área útil média foi verificada nos imóveis de quatro dormitórios, que reduziram de 196,4 m² para 183,5 m² (Fotos: Banco de Imagens / Think Stock)

Na última década, a menor tipologia construída em São Paulo encolheu 22% de tamanho, a maior redução entre todos os lançamentos na cidade, segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação) com base em levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Em 2004, os imóveis residenciais de um quarto contavam com 52,4 metros quadrados de área útil média, espaço que foi reduzido para 40,7 metros quadrados no primeiro semestre de 2013.
A diminuição mais drástica ocorreu entre os anos 2004 e 2005, quando a área útil caiu 20%, passando de 52,4 m² para 41,9 m², em geral.
Esta queda de tamanho, no entanto, tem sido notada de forma consecutiva desde 2010. Naquele ano, a metragem média ficou em 47,6 m² e registrou retração de 14,5% em relação a 2009, o segundo maior encolhimento verificado no período.
A exceção (até o momento) ficou por conta de 2013, no qual se notou um crescimento de 3% no espaço físico em imóveis lançados até junho – 40,7 m² ante os 39,5 m² do ano anterior. A média do tamanho na década é de 45,8 m².
Mapa mostra concentração dos lançamentos de um dormitório em São Paulo
Para o vice-presidente de incorporação imobiliária do Secovi, Emílio Kallas, este fenômeno sinaliza a estratégia das incorporadoras de se adaptarem ao novo cenário macroeconômico, oferecendo apartamentos menores e, consequentemente, com tíquete de compra mais baixo.
“O mesmo projeto que se fazia com 65 metros quadrados, atualmente, se faz com 55. Em média, estes apartamentos diminuíram 10 metros quadrados”, mensurou Kallas, em evento em São Paulo.
Já Celso Petrucci, economista-chefe do sindicato, afirma que o dado pode ser explicado pela alta geral nos preços dos imóveis. Para ele, o comprador do apartamento de dois dormitórios, muitas vezes, opta por reduzir o tamanho do imóvel para se manter em áreas centrais, próximas aos polos de emprego.
Por isso, a maior parte dos lançamentos desse perfil ocorreu na área do centro expandido, enquanto o lançamento de apartamentos maiores foi espalhado pelo território da Capital.
A média do tamanho dos imóveis residenciais de um dormitório de 2004 a 2013 é de 45,8 m²
“A questão da mobilidade em São Paulo está muito crônica. Então, notamos esta demanda por imóveis pequenos, mas com uma localização nos arredores de centros comerciais”, apontou.
“Houve uma concentração de lançamentos de um dormitório em regiões caras, com mais renda per capita”, completou.
A segunda maior redução de tamanho de área útil média foi verificada nos imóveis de quatro dormitórios. Desde 2004, a maior tipologia do mercado diminuiu de 196,4 m² para 183,5 m² – queda de 6,6%.
Já os imóveis de dois e três quartos foram construídos praticamente no mesmo tamanho neste mesmo intervalo de tempo. O primeiro perfil caiu de 60,6 m² para 59,6 m², enquanto o segundo tipo chegou a até registrar um leve aumento: de 90,2 m² para 91,2 m².
Fonte: Zap Imóveis

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