segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Projetos transformam o sótão em refúgio aconchegante durante o inverno

Com o auxílio de tecnologias e do que há de melhor em móveis e materiais de decoração, esse espaço da casa pode ganhar destaque e se tornar o ambiente mais concorrido


Espaço resultante da inclinação do telhado, o sótão possui algumas limitações de aproveitamento. Por isso, um projeto deve priorizar a área do centro da casa, com maior espaço, para o desenvolvimento da sala de acordo com a necessidade do cliente. De acordo com a arquiteta Adriane Cesa, de Caxias do Sul, a maior parte das solicitações de aproveitamento deste compartimento da casa é voltada à preservação da intimidade de alguns moradores da residência: “O sótão tem sido projetado para ser um lugar mais íntimo, como um refúgio, para se ficar mais à vontade ou isolado do tumulto da casa. A construção de bibliotecas, gabinetes e quartos de hóspedes são as mais recorrentes”, conta.
As possibilidades de reestruturação de um sótão são amplas, desde que haja um espaço mínimo de seis metros quadrados. Segundo a arquiteta Rafaela Erdmann, a exploração do local pode ser realizada de muitas formas: “Geralmente essa parte da casa fica disponível para o uso familiar; por isso, investimos na composição de uma sala de tevê, de ginástica ou de jogos, ou até mesmo em um espaço kids”.
Como essa peça da casa muitas vezes não conta com boas janelas, antes de ser utilizado deve receber atenção redobrada para que ofereça as condições ideais de conforto. “No sótão é possível aproveitar o telhado inclinado para a colocação de janelas, permitindo ventilação e iluminação natural, além de dar um charme todo especial ao espaço”, define Rafaela.
Na serra gaúcha, dois projetos de sucesso ilustram muito bem essas práticas. Em uma casa localizada no bairro Vila Verde, em Caxias do Sul, a arquiteta Adriane Cesa recebeu o pedido de transformação de um sótão de 40 m², até então utilizado para abrigar uma caixa d’água. O objetivo era criar uma sala de estar reservada combinada com um dormitório para hóspedes. Para garantir maior espaço ao ambiente, a sala equipada com televisão e pufes foi projetada a partir do espaço central, que contava com 2,40 metros de altura, até preencher as extremidades da sala, com 1,50 metro de altura.
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As vigas em madeira foram reposicionadas e ganharam mais destaque ao formar uma composição com o piso. Nas paredes, a praticidade e a leveza do gesso acartonado. “Nesse projeto, aproveitamos que o piso já era de madeira e fizemos alguns móveis feitos de itaúba, como o grande sofá abaixo da janela – que foi coberto por vários almofadões – e a cama baixa no dormitório, aproveitando o espaço com nichos para colocar objetos”, explica.
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A predominância de cores nos dois espaços é neutra, com variações de verde mescladas ao branco, ao preto e ao marrom. Nas paredes e no teto, a cor branca foi a escolhida para gerar a sensação de expansão do espaço. Para a iluminação do dormitório, que ficou com 15 m², foi colocada uma janela na inclinação do telhado, permitindo a entrada de luz natural e a ventilação. Já na sala, a iluminação geral foi garantida por conjuntos de plafons de acrílico branco leitoso distribuídos no espaço.
No projeto desenvolvido pela arquiteta Barbara Engel para uma residência de 320 m², em Canela, o sótão foi transformado em um belo espaço de convivência, com direito a mesa de sinuca. O cômodo de 50 m² foi planejado para compor a privacidade proporcionada pelo andar superior da casa, onde ficam os quartos. “Além da sala de jogos, criamos também uma área multiuso com computador, local para os brinquedos dos filhos e o famoso ‘cantinho alemão’, que consiste em uma mesa de canto para fazer lanches”, conta.
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A janela escolhida para compor o ambiente foi produzida na Alemanha e é específica para ser colocada em telhados. “As aberturas garantiram mais luminosidade ao ambiente e receberam um forramento especial com lambri, oferecendo conforto térmico”, explica. A preocupação com o aquecimento foi uma constante em todo o projeto da casa, que ainda possui lareiras, estufas e piso aquecido no banheiro.
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Em Porto Alegre, o projeto criado pela arquiteta Rafaela Erdmann para um sótão de 35m², que ainda está em produção, contempla dois ambientes integrados. No primeiro, um escritório e uma sala de televisão se complementam; no segundo, a junção é de um espaço zen alinhado a uma área fitness. Nas paredes, a predominância é de cor branca, exceto no espaço zen, onde o tom escolhido foi o cinza. “Foram colocados espelhos para dar amplitude e painéis de melamina na cor madeira para compor os ambientes”, explica. No escritório foram projetadas portas em acrílico colorido: “Para o espaço dos livros, optamos por esse material leve e transparente, que permite a visualização do ambiente por inteiro”, destaca.

Fonte: Pense Imóveis 

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