segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em busca do ideal

Para encontrar a casa dos sonhos é preciso planejar e gastar muita sola de sapato

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Depois um mês visitando imóveis, Márcia e Dilermando Godoy acharam o apartamento ideal no Água Verde
Depois um mês visitando imóveis, Márcia e Dilermando Godoy acharam o apartamento ideal no Água Verde

Comprar a casa que se atenda todas as expectativas dos futuros moradores não é fácil. A busca pelo imóvel ideal é uma saga digna de reality show: é preciso reunir disposição para visitar vários locais e conhecer plantões de venda, discernimento para analisar unidades decoradas, ânimo para conversar com corretores e muita atenção para cada detalhe do imóvel.
Além disso, é preciso planejar itens básicos, como escolher bem a região da cidade para onde a família vai se mudar e saber quantos dormitórios e cômodos serão realmente necessários na nova moradia. A cada passo, vale lembrar, emoções e decisões precipitadas devem ser deixadas de lado.
Casal encontra localização e tamanho adequados
Márcia e Dilermando Godoy vieram de Apucarana, no Norte do Paraná, há 15 anos. Viveram com os filhos em uma casa no Capão Raso até que chegou a hora de comprar um novo apartamento. O casal queria morar em um imóvel menor, já que os filhos casaram, e mais próximo do Centro.
Depois de um mês de buscas e seis locais visitados, entre unidades novas e usadas, eles decidiram por um apartamento de três dormitórios no Água Verde em um empreendimento da construtora Swell. “Desde que viemos para a capital eu tinha vontade de morar nessa região”, conta Márcia.
Além da localização, Dilermando e Márcia levaram em conta o tamanho do imóvel. “Teremos um quarto de visitas para os netos e na sala ampla dará para receber toda a família”, comenta Dilermando.Varanda com churrasqueira e as áreas comuns também animaram o casal. Márcia afirma que vai usar a academia, a piscina e o playground com os netos. “Ter esses espaços à disposição foi decisivo na escolha”, diz.
O casal gostou de ter um apartamento decorado para visitar no canteiro de obras. A decoração caprichada motivou Márcia, que pretende usar algumas soluções na nova moradia. “Para mudar de uma casa grande para apartamento, teremos de nos desfazer de muita coisa e vamos comprar móveis novos. Olhando o decorado tive uma boa noção do que fazer”, diz.
Depois de confirmar que o preço estava dentro das possibilidades da família, Márcia e Dilermando fecharam a compra. Proprietários de outros dois apartamentos, como investimento, eles dizem que a escolha da casa própria é um momento único e feliz, mas a escolha precisa ser acertada. “Morar em um lugar bonito, onde você vai gostar de viver, é uma realização. Escolhemos com muito cuidado e consciência, porque é aqui que vamos morar por muito tempo”, completa Dilermando.
Sandra Rover, corretora e gerente da JBA Imóveis, conta que a maioria das pessoas começa a procurar sem saber o que quer, apenas tendo uma ideia da localização desejada. “Quanto mais itens são listados previamente como essenciais para a família, mais fácil fica a busca”, comenta.
De acordo com ela, as negociações rápidas acontecem, mas o processo pode durar 40 dias ou mais. “Tive casos em que no mesmo dia em que a família começou a procura o contrato foi assinado. Depende da necessidade das pessoas e se os imóveis disponíveis se encaixam no que precisam”, conta Sandra. Começar a busca sem saber o que se quer leva a uma jornada exaustiva, com visitas a muitos imóveis – e grandes chances de decepções pelo caminho.
Orçamento e realidade
Para evitar desgaste, vale a pena fazer uma lista de itens essenciais. Distância do trabalho e da escola e acesso a ponto de ônibus são alguns exemplos, aponta Sandra. Outro ponto fundamental é encaixar o orçamento às possibilidades reais do comprador. “Se você tem R$ 200 mil para adquirir um imóvel, não adianta olhar casas de R$ 400 mil fazendo planos, pois ficará frustrado. Na hora de colocar no papel para definir valores e financiamento, vai perceber que não dá. É preciso adequar os sonhos à realidade”, diz a corretora.
A indicação dos profissionais do mercado é manter o pé no chão. Além de certificar-se do valor que poderá pagar pelo imóvel, a família deve escolher a região da cidade e o tipo de unidade – casa térrea, apartamento, sobrado ou casa em condomínio – levando em conta a rotina de todos. Não é o momento de fazer planos para mudar o estilo de vida em função de um novo bairro. “Ao visitar o local, fique de olho na infraestrutura dos arredores e na vizinhança. Certifique-se que o imóvel é adequado às suas condições”, reitera Sandra.
Uma boa dica é ouvir. “Peça a opinião de todos que vão morar na nova casa e decidam juntos o que é essencial. Com muitos imóveis à disposição, uma lista de prioridades ajuda a escolher a casa ideal: se a família abre mão de uma vaga de garagem e não da churrasqueira, por exemplo, já se eliminam várias opções e a escolha fica mais acertada”, resume.





Fonte: Gazeta do Povo 

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