A onda de manifestações que tem acontecido pelo Brasil causou estragos também nos negócios do ramo da construção civil.
De acordo com os resultados da pesquisa mensal da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), as vendas do varejo de material de construção retraíram 8% no mês de junho em relação a maio.
Na comparação entre o sexto mês de 2013 e igual período do ano passado, a retração, no entanto, é menor: 4%. Mesmo assim, para o presidente da associação, Cláudio Conz, os protestos influenciaram para a queda verificada.
“Tivemos queda de vendas em todo o país e em praticamente todos os segmentos, exceto metais sanitários. As regiões Sul e Sudeste foram as que mais sofreram com a redução de vendas e os dados vêm de encontro ao atual momento pelo qual o país está passando. A onda de protestos que aconteceram pelo Brasil fez com que o comércio fechasse as portas por vários dias e acabou assustando o consumidor, que optou por adiar as compras principalmente nos grandes centros urbanos”, explicou Conz, via nota.
O executivo da Anamaco, porém, diz acreditar que o comércio vai se recuperar dos índices negativos já no mês de julho.
“Acreditamos que essa retração das vendas criou o que chamamos de ‘efeito barriga’. O consumidor adiou as compras, que devem ser efetivadas ao longo do mês de julho. Quem está construindo ou reformando geralmente tem urgência em finalizar o que já começou. Então é questão de tempo”, completou.
Mesmo com os resultados obtidos em junho, o setor de material de construção ainda apresenta um crescimento positivo de 1% no acumulado dos últimos 12 meses, porém na comparação 2013 sobre 2012, desempenho foi estável.
“Continuamos projetando um crescimento de 6,5% para este ano, pois a renda e o emprego ainda estão crescendo e a inflação de materiais de construção, medida pelo INCC até maio, apresentou uma variação positiva de 3,08% no ano”, finalizou.
Fonte: Zap Imóveis
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