terça-feira, 15 de outubro de 2013

Estante funciona como porta divisória e é estrela em projeto de apartamento pequeno

O móvel planejado é apenas uma das soluções inteligentes desenvolvidas pelos arquitetos do escritório Arquilab para o imóvel em São Paulo


A vontade de morar em uma região central de São Paulo, com constante procura por imóveis e, portanto, com metro quadrado de alto valor, fez com que os clientes do escritório Arquilab optassem por este apartamento na rua Herculano de Freitas. Antigo e com metragem reduzida – apenas 46m² –, o imóvel exigiu dos arquitetos Rafael Castilho Devienne e Raphael Civille Rodrigues reformulações inteligentes, que modernizassem os ambientes e solucionassem a falta de espaço.
apartamento-reforma-marcenaria-móvel 
apartamento-reforma-marcenaria-móvel

Na sala, por exemplo, o armário fixo utilizado como divisória foi retirado. “Com isso, obtivemos ganhos diretos, como aumento da iluminação direta, melhor ventilação, aumento e integração total do ambiente”, justifica Devienne. Os arquitetos, no entanto, precisavam de uma alternativa para acomodar hóspedes frequentes – a mãe da moradora, por exemplo, visita o casal a cada quinze dias. A ideia foi, então, a criação de um estante que abre e fecha (foto abaixo). Assim, quando os moradores estão sozinhos, a peça é utilizada apenas para acomodar objetos. Quando recebem visita, o móvel planejado separa o ambiente em quarto e sala. “A marcenaria da porta-estante foi um dos pontos principais do projeto”, conta Devienne. O custo de produção da peça (sendo que o projeto foi executado há dois anos) foi de R$ 5 mil.
apartamento-reforma-marcenaria-móvel
apartamento-reforma-marcenaria-móvel

Também na sala, os arquitetos retiraram o laminado escuro e encontraram um piso de taco de madeira Cumaru em formato parquet. “Essa descoberta nos fez optar pelo restauro do piso ao invés de instalar um piso novo”, explica Devienne. “Na parede de divisa, decidimos pela colocação de tijolos aparentes (divididos ao meio) como revestimento, em um tipo de assentamento chamado ‘junta seca’, ou seja, onde não se vê a argamassa entre os blocos”, conta o arquiteto. O acabamento, no entanto, não foi aplicado em toda a parede: foi criada uma parede à meia altura de dry-wall, que serviu para quebrar um pouco o vermelho dos tijolos e para a esconder a nova distribuição elétrica. 
apartamento-reforma-marcenaria-móvel
apartamento-reforma-marcenaria-móvel
apartamento-reforma-marcenaria-móvel

Antes divididas, a cozinha e a área de serviço foram integradas. Essa alteração permitiu a circulação de mais pessoas e garantiu que a iluminação e a ventilação vinda das duas janelas do ambiente fossem absorvidas pelo restante do apartamento. “A união entre as duas funções se dá por uma bancada contínua que possui, até determinado ponto, a cuba da pia da cozinha e, em outro ponto, o tanque de inox da lavanderia. Além disso, essa nova configuração deu a possibilidade de aquisição de uma máquina ‘lava e seca’ para a lavanderia (antes não havia espaço para nada além do tanque)”, relata Devienne. O piso escolhido foi cimento queimado com detalhes de ladrilho hidráulico em patchwork.
apartamento-reforma-marcenaria-móvel

O piso do banheiro também recebeu cimento queimando com detalhes em ladrilho hidráulico – com exceção da área do box, onde foi aplicado porcelanato que imita cimento queimado. Além disso, os arquitetos optaram por fazer uma troca de lugar entre o chuveiro e a bancada. “Desse modo, a exaustão dos vapores do banho ficaram imediatamente ao lado da janela, que também foi aumentada para melhor iluminar e ventilar o local”, aponta o arquiteto.

Fonte: Pense Imóveis 

Nenhum comentário:

Postar um comentário