segunda-feira, 8 de abril de 2013

Empresa 'Tapa na Casa' ajuda a traduzir estilo do dono


Uma casa nova pode demorar um pouco até ficar com a cara do dono. É provável que passe meses com cantos vazios, seja por falta de tempo, de iniciativa ou de paciência. A ideia do Tapa Na Casa é dar esse toque final e deixar o espaço mais pessoal.
O projeto foi criado há pouco mais de um ano por quatro amigas --a jornalista Paula Carvalho, a publicitária Joana Campanelli, a fotógrafa Mari de Alencar e a ilustradora Alice Abramo.

Apaixonadas por decoração, elas criaram um site (www.tapanacasa.com.br) para mostrar casas de pessoas que viviam de maneira autoral, além de trazer entrevistas com profissionais da área.
"Pensamos 'as pessoas vão querer um tapa na casa'. O nome chamou o serviço", conta Paula.
Dito e feito: a partir do site e das redes sociais, começaram a surgir os clientes. Segundo Paula, são pessoas que dizem sentir falta de alguma coisa, mas que não querem mudar tudo. A missão delas é personalizar o ambiente.
Já na primeira visita, elas dão ideias e fazem fotos do ambiente a ser trabalhado --essa etapa custa R$ 200. E o projeto de mudanças, para cada cômodo, sai em torno de R$ 1.000. Mas o preço final, com as ideias executadas, varia de acordo com o que for feito e comprado.
"Trabalhamos com o que a pessoa já tem. Ela compra uma coisa ou outra, dá um 'up' em um móvel, mas o principal é reorganizar, arrumar e humanizar".
Segundo elas, o diferencial do trabalho é fazer uma pesquisa minuciosa sobre o que o cliente gosta e não prevê intervenções pesadas.
"Muitos autores de projetos de decoração não têm paciência de ficar procurando um cinzeiro, uma luminária", diz Paula. "A gente não quer que a casa tenha a cara do Tapa e, sim, a cara da pessoa. Nem todo mundo tem o mesmo gosto e a gente não quer colocar que 'o certo é assim'."
A publicitária Luciana Leal, 36, contratou o serviço para a decoração do quarto da filha, Maria. "Eu tinha referências, só precisava de alguém para me ajudar. Elas fizeram um book com opções."
Quando há inclusão de objetos no projeto, eles podem ser comprados pelo cliente ou pelas empresárias. Com tudo na mão, há o "dia do tapa".
Segundo Paula, o processo demora duas semanas no caso de rearranjar objetos. Paralelo a isso, o site segue com as "casas inspiração", entrevistas para as pessoas que gostam do tema e de se arriscar por conta própria.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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