Apesar da matéria-prima, as peças possuem delicadeza e requinte rústicos
Se a lista de obras de arte com matérias-primas incomuns já incluía itens reaproveitados e sobras de materiais, agora uma substância ainda mais diferente entrou para a lista: o papelão. Apesar de parecer estranho quando se sabe da informação, as obras criadas pelo artista mineiro Domingos Tótora – que já foram expostas em Paris, Londres e Berlim – incorporam toda a delicadeza que não se vê no papelão em estado natural.
Pelas mãos de Domingos, que criou a massa moldável à base do papelão reciclado, são modelados objetos decorativos e utilitários, como bancos, mesas, poltronas. Apesar da matéria-prima, o artista garante que as obras têm grande durabilidade. “São peças que remetem às formas orgânicas da natureza. Na maioria são maciças, por isso, se bem cuidadas, elas duram muito tempo”, explica Domingos.
Há 15 anos envolvido na pesquisa do material, a ideia nasceu da curiosidade e da percepção da imensa quantidade de papelão descartada nos supermercados e lojas de Maria da Fé, cidade natal de Domingos. “Foi quando fiz a massa de celulose, que depois de seca fica tão resistente como madeira.”
Por conta da criação, Domingos recebeu alguns prêmios importantes, como Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira, categoria mobiliário, em 2010, Prêmio na Bienal Ibero-americana de Design de Madrid e Prêmio Top XXI - Design Sustentável.
Fonte: Pense Imóveis
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